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Corações Em Fúria
Corações Em Fúria

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Corações Em Fúria

Язык: pt
Год издания: 2021
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Foram várias horas depois que Kyoko sentiu calor. Ela congelou. Lentamente, como se tivesse medo de saber a verdade, ela virou a cabeça para o lado assim que o Toya se sentou. Sentindo- a a mexer- se, ele franziu a testa, sabendo que ele se deveria ter levantado e se afastado dela horas atrás.

Kyoko olhou para ele curiosamente, tentando ver os seus olhos, mas a sua cabeça baixou e o seu cabelo caiu sobre eles, protegendo a sua expressão. Ele levantou- se sem dizer nada e entrou na folhagem em torno do seu acampamento. As sobrancelhas de Kyoko semicerraram- se em confusão. Ele dormiu aqui com ela ontem à noite? Então a memória voltou para ela.

Ela lembrou- se de sonhar e Toya... Ela engasgou- se. Não foi um sonho. Ele tinha- a segurado ontem à noite. Ela olhou para o cobertor que ainda tinha a sua marca nele. Ele deve ter adormecido ao lado dela. Ela esboçou o seu sorriso secreto, alcançando e traçando os dedos sobre a marca que ele deixou para trás. Ela olhou para cima e Kamui entrou na clareira:

- Olá, Kamui. Ainda bem que voltaste.

O seu cabelo puxado para trás brilhava com as madeixas roxas no sol da manhã e os seus olhos mostravam as cores mais bonitas. Aqueles que estavam perto o suficiente para ver sabiam que seguravam um brilho multicolor dentro das esferas brilhantes, mas para Kyoko, era o seu sorriso que o tornava irresistível.

Kamui olhou em volta e viu que ela estava sozinha e perguntou- se por quê. Onde estavam todos? Suki e Shinbe ainda não tinham voltado? E onde estava Toya? Kamui puxou uma sacola do seu ombro e colocou- a na frente de Kyoko com as sobrancelhas levantadas.

- Não, ainda não, mas Toya deve estar de volta em alguns minutos. O que tens aqui?

Kyoko viu Kamui começar a tirar comida da sacola.

- Sennin enviou isso comigo e disse para apreciá- lo, já que quase nunca temos uma refeição muito boa, a menos que tragas algo de volta do teu tempo.

Kamui olhou para ela com os seus olhos grandes brilhando com uma variedade de cores e sorriu para a sua expressão quando ela viu os doces que vieram com o pequeno banquete.

- Vamos lá, vamos comer. - anunciou Kamui.

- Bem, voltaste cedo esta manhã, Kamui. - disse Toya preguiçosamente enquanto ele voltava para a clareira. Ele olhou para Kyoko com algumas emoções ilegíveis a refletir nos seus olhos dourados, e em seguida, rapidamente olhou para o outro lado. Kamui olhou para Toya.

Eles lutaram muito, mas na verdade, Kamui admirava Toya. Ele mudou muito desde que passou tanto tempo perto de Kyoko. Na opinião de Kamui, Kyoko fez de Toya uma pessoa melhor.

- Sennin disse que a floresta a leste teve uma revolta de demónios aterrorizando a área na última semana. Pode haver talismãs envolvidos, e então devemos verificar isso. O último foi dito enquanto Kamui recheava a sua boca com um pedaço saboroso de pão.

- Ei, vais ajudar- me com um pouco disso, certo Kamui? - sentou- se Toya ao lado deles e começou a pegar um pouco da comida para si mesmo.

Kyoko sorriu enquanto os via lutar por uma bola de arroz de morango que Sennin havia enviado. A normalidade disso não durou muito.

Toya tenso, pegando um cheiro montando a brisa.

- Bolas! - saltou com os seus olhos estreitados. - O que ele quer?

Antes que Kyoko pudesse perguntar, uma onda de ar explodiu através da clareira e parou menos de um pé na frente dela, deixando Toya desequilibrada. Kyoko viu- se a olhar para os olhos azuis de Kotaro, um dos cinco guardiões. Assim como Kyou, ele caçou o talismã sozinho, procurando pistas de onde Hyakuhei estava escondido.

Ele era perfeito, com músculos magros e cabelos ébanos que ficavam mais tempo nas costas e olhos azuis de gelo. Ele estava vestido todo de preto com uma camisa roxa transparente. Ele e Toya não se suportavam, mas era principalmente porque Kotaro tinha dito a todos que Kyoko pertencia a ele.

- Bom dia, Kyoko. - disse Kotaro com uma voz suave e masculina, pegando as mãos na dele e levantando- as na frente dele. - Como está a minha futura namorada esta manhã? - olhou profundamente nos seus olhos fazendo- a corar.

Não importava quantas vezes Kyoko lhe dissesse que ela não era dele ou de ninguém, ele ainda a chamava de sua futura companheira com tanta confiança e charme.

- Kotaro, bolas! Deixa Kyoko e porque nunca percebes o que estás a fazer? - rosnou Toya enquanto ele se empurrava da árvore para onde ele praticamente tinha sido empurrado pelos ventos guardiões de Kotaro.

Kotaro enrugou o nariz e nem se preocupou em olhar para Toya e apenas olhou na direção do seu irmão.

- Eu sabia que te cheirava em algum lugar. - disse ele insultando o irmão.

Kamui assistiu com espanto enquanto Toya estava ali e podia dizer que estava ficar mais irritado com o passar dos segundos. Ele deslizou mais perto de Kyoko e sussurrou:

- Ah, Kyoko, queres parar com isso antes que os problemas comecem.

Sabendo que Kyoko era a única coisa que os impedia de se separarem, Kamui deu um passo seguro para trás do trio. Kyoko sabia que Kotaro era inofensivo... Bem, para ela de qualquer maneira. Ela tirou as mãos dele... ainda corando da maneira como ele estava a olhar para ela. Ela podia realmente ver o amor e a devoção brilhar nos seus olhos azuis de gelo.

- Kotaro, o que te traz aqui? - perguntou para tirar a atenção dele de Toya.

Kotaro sorriu, esquecendo Toya de uma vez e respondendo à sua pergunta.

- Ouvi dizer que há problemas na área leste perto da floresta. Eu estava à espera de encontrar Hyakuhei e matá- lo por vocês para que vocês se pudessem apressar e para te tornares minha companheira, minha doce Kyoko.

Ele amava Kyoko, mas também adorava irritar Toya.

Kyoko ficou com uns tons mais rosados nas suas bochechas ao ouvir as suas palavras. Os seus lábios separaram- sea para dizer algo, mas perdendo sua linha de pensamento, ela simplesmente desistiu.

Toya já tinha ouvido suficiente absurdo daquele estúpido. Pisando na frente de Kyoko para protegê- la da visão de Kotaro, ele rosnou:

- Afasta- te!

Ele estreitava os olhos dourados e carrancudo.

- Não precisamos da tua ajuda para nos livrarmos de Hyakuhei. Então por que não tentas ficar fora do nosso caminho e deixar Kyoko em paz?

Kotaro agiu como se Toya não estivesse lá. De repente, ele moveu- se ao redor de Toya para dar um beijo casto na bochecha de Kyoko. Com uma piscadela, ele tinha ido embora tão rápido quanto ele tinha aparecido.

Toya bateu os punhos para os lados. Ele estava tão bravo que parecia que ia explodir. Por que todo mundo, de repente, queria beijar Kyoko? Ela era a droga dele!

- Kotaro, volta aqui e luta, bastardo! - gritou do topo dos seus pulmões.

Kyoko virou- se para Kamui como se nada tivesse acontecido.

- Então, acho que a informação de Sennin estava certa.

Toya desistiu e virou- se.

- Vamos lá, vamos juntar as nossas coisas. Podemos pegar Suki e Shinbe no caminho. Temos que passar por onde eles estão para chegar à floresta leste de qualquer maneira. - arrasou ainda com o seu irmão devasso por espalhar mentiras sobre Kyoko. Ele nunca deixaria Kotaro tê- la e ele mal podia esperar para encontrá- lo e bater nele para deixá- lo saber disso.

Kyoko sabia que Toya tinha ciúmes de Kotaro. No entanto, do jeito que ela via, pelo menos Kotaro poderia dizer- lhe os seus verdadeiros sentimentos, onde Toya apenas a mantinha confusa. Ela abaixou- se e começou a juntar os alimentos restantes que mais tarde compartilhariam com os outros.

Toya inclinou- se na frente dela esperando por ela para subir de costas. Eles fariam melhor tempo assim e era a única vez que ele podia se safar segurando- a sem ninguém levantar uma sobrancelha.

Kyoko segurou a respiração por um segundo e depois deixou- a sair lentamente não querendo torná- lo diferente das outras vezes que ela tinha feito isso... mas foi. Ela enrolou os braços em volta do peito dele e as suas mãos sob os seus joelhos para segurá- la firmemente contra as suas costas.

Ela olhou para o céu perguntando se o destino estava a divertir- se muito.Kamui silenciosamente riu de si mesmo das ações de Toya toda vez que alguém tentava chamar a atenção de Kyoko.

Pegando o saco de comida que depois eles desapareceram, as asas translúcidas brilharam na existência, enviando uma chuva de poeira estelar multicolorida através do acampamento que magicamente apagou todas as evidências de que alguém já tinha estado ali.

Sentindo a presença de Kaen atrás dele, ele comentou:

- Parece que vai ser um dia interessante. Vamos juntar- nos a eles?

Os seus pés deixaram o chão enquanto ele deslizava atrás deles invisível.

Secretamente, Kyoko adorava andar nas costas de Toya quando eles estavam com pressa. Ela podia sentir os músculos apertar e esticar sob ela. Ela colocou o rosto no seu ombro forte e segurou enquanto o seu cabelo longo esvoava ao seu redor, fazendo cócegas no seu rosto.

Ele agiu como se ela não pesasse nada enquanto ele se limitava de membro a membro, às vezes pousando no chão, apenas para atirar de volta nas árvores novamente. Ele parecia ter uma fraquinho por alturas.

Toya adorou quando Kyoko andou de costas, mas ele nunca lhe diria isso. Isso o fazia sentir bem quando ela se agarrou a ele com um esforço para segurar. Às vezes, ele ia ainda mais rápido só para que ela tivesse que segurar mais apertado, com as pernas a voltarem- se contra ele e os braços em volta dele. Ele nunca tinha mostrado as suas asas ao redor dela por esta razão.

Às vezes, ela colocava a bochecha contra as costas dele e ele sentia que ela também gostava tanto quanto ele. A sua mente voltou para a floresta no leste. O coração de cristal do guardião já estava meio recolhido e Hyakuhei tinha a maior parte neste momento.

As coisas estavam ficando muito perigosas e ele teria que ficar de guarda. Ele sentiu que tinha que proteger Kyoko com a sua vida, especialmente quando havia perigo em todos os lugares que eles iam. O demónio que ele lutou ontem tinha sido um alerta. Toya acelerou, esperando encontrar Suki e Shinbe no caminho de volta para o acampamento, para que eles pudessem se apressar e chegar ao leste antes de Kotaro e Kyou.

No alto deles, Kyou voou através do céu sem expressão, como se uma aparição de uma divindade. As suas roupas flutuavam ao seu redor enquanto ele observava o leste à distância. Então a floresta oriental é onde a presença de Hyakuhei tinha desaparecido. Este também é para onde Toya e a sacerdotisa estavam ir. Os seus lábios curvados para cima na dica mais clara de um sorriso.

- Oi! - gritou Toya quando ele pegou um clarão de movimento à distância. Saltando de árvore em árvore e galho para galho, ele pousou graciosamente na frente de Shinbe e Suki.

Kyoko deslizou pelas costas de Toya e rapidamente caminhou até eles, sorrindo para seus amigos.

- Acabamos de saber que a floresta leste é para onde deveríamos estar a ir. - informou Kyoko.

A cabeça de Shinbe quebrou ao olhar para Toya.

- Oh, sim? O que está a acontecer nessa área? Ele pediu para se aproximar de Toya para discutir o assunto. Kamui saiu da beira da floresta para se juntar aos guardiões com o plano, acenando quando Kaen apareceu do nada, como ele sempre fez justamente quando era a hora certa.

Kyoko sussurrou para Suki, puxando- a para o lado e longe dos outros:

- Mas de qualquer forma, como foi a sua visita?

Ela inclinou a cabeça para o lado, sorrindo. Suki revirou os olhos na direção de Shinbe.

- Acreditas que aquele tentou beijar- me?

Ela cruzou os braços na frente do peito e olhou punhais para o guardião da ametista rebelde. Toya contorceu- se com a sua audiência excepcional. Ele tinha ouvido o comentário de Suki e quando Kyoko ouviu, ela olhou diretamente para ele, fechando os olhos com ele. Ela virou o rosto para esconder o rosar das suas bochechas, mas não antes de Suki e Shinbe notarem.

Shinbe inclinou- se para o seu irmão manter a sua voz baixa.

- O que aconteceu entre vocês os dois enquanto estávamos fora, Toya? - sentiu um raio de ciúmes, mas tentou ignorá- lo sabendo que era uma causa perdida. Kamui também deu um passo mais perto esperando para ouvir a resposta.

Os olhos de Toya abriram- se e o pequeno cabelo fino levantou- se na parte de trás do pescoço, fazendo- o voltar para cima deles com um olhar culpado.

- Heh, nada aconteceu. - cruzou os braços e olhou para eles, desafiando- os a descobrirem a sua mentira.

Suki agarrou o braço de Kyoko e a afastou dos rapazes desta vez.

- Ok, diz a verdade. O que eu perdi? Ela perguntou com os lábios a se contorcerem com alegria mal escondida. Desde que Suki tinha conhecido Kyoko, ela sentiu como se a tivesse conhecido desde sempre. Ela a amava como uma irmã, e agora ela podia dizer que algo estava a acontecer.

Kyoko não encontraria os olhos de Suki, e o seu rosto ainda estava vermelho.

- Kyoko, diz. - implorou Suki.

Kyoko olhou para a sua melhor amiga que era pelo menos alguns centímetros mais alta e encolheu os ombros.

- Ok, eu fui beijada, isso é tudo. - rapidamente revirou os olhos tentando disfarçar.

Suki olhou para Toya.

- Então, ele finalmente beijou- te, não é?

Voltando- se para Kyoko, ela sorriu um sorriso consciente até ver o tremor da cabeça de Kyoko. Suki franziu a testa.

- Foi Toya que te beijou? Não foi, Kyoko? - levantou uma sobrancelha em confusão.

Kyoko gemeu.

- É uma longa história, então eu vou torná- la muito curta. Três homens diferentes já me beijaram e tudo dentro do tempo que te foste. E não, eu não pedi a um único deles para me beijar. Novamente, não é grande coisa! - disse e deu ênfase às últimas três palavras.

Os lábios de Suki separaram- se enquanto ela olhava para a sua amiga. Enquanto isso, Toya tinha ouvido Kyoko dizer que não era grande coisa. “Bem, agora eu sei o que ela pensa", Toya pensou consigo mesmo com um carão enquanto ele voltava para os seus irmãos e se concentrava em dizer- lhes o que ele sabia sobre a área da floresta leste.

Suki finalmente encontrou a sua voz, mas manteve- a baixa:

- Kyoko, quem te beijou?

Vendo os lábios de Kyoko pressionarem- se, Suki suspirou.

- Ok, eu quero saber quem te beijou primeiro.

Kyoko apertou os olhos.

- Kyou foi o primeiro.

- Kyou! - gritou Suki, e em seguida, estalou a mão sobre a sua boca encolhendo- se.

A mão de Toya enrolou- se num punho ao seu lado com um esforço para conter a sua raiva. Ele virou- se e deu um olhar maligno na direção de Kyoko antes de fechar rapidamente a distância entre eles, não gostando da virada da conversa.

- Não temos tempo para essa merda! - bufou, olhando para as meninas. - Precisamos encontrar os talismãs antes que o inimigo coloque as mãos sobre todos eles.

Kamui acenou com a cabeça:

- Sim, Kotaro veio ao acampamento e disse que estava a caminho da mesma área antes de beijar Kyoko na bochecha e ir embora.

Toya bateu Kamui na parte de trás da sua cabeça com um rosnado rápido.

- Oh, por que fizeste isso? Eu não fiz nada. - esfregou Kamui o nó que havia se formado na sua cabeça, os seus grandes olhos de poeira estelar arrehalados. Era uma visão, obviamente, porque por dentro ele estava no meio de rir do olhar que tinha cruzado o rosto de Toya.

Os olhos de Suki arredondados.

- Kotaro, também! - empurrou a cabeça na direção de Kyoko perguntando o que no mundo estava a acontecer.

Shinbe deslizou em direção a Toya.

- Então, qual é o problema?

Toya apenas olhou para ele como se o desafiasse a dizer outra palavra.

Suki agarrou o braço de Shinbe e o afastou de Toya antes que ele acabasse como Kamui, com um mamelão na cabeça.

Toya virou o brilho sobre Kyoko.

Ela parou e olhou para trás.

- Qual é o teu problema? E não batas em Kamui! - gritou, pisando na frente do guardião como se o protegesse. Ela não fazia ideia de que Kamui agora estava atrás dela, sorrindo para Toya como se ele tivesse acabado de ter conseguido uma vitória sobre ele.

Suki sabia que haveria uma briga. Pegando a mão de Kyoko, ela começou a arrastá- la pelo caminho.

- Vamos Kyoko, anda comigo por um bocadinho. - e Suki não deu tempo para discutir enquanto a puxava.

Não se sentindo tão seguro sendo deixado lá ao alcance de Toya, Kamui fugiu com as meninas, deixando Toya a olhar para as suas costas recuando.

Uma vez longe o suficiente de Toya, Suki virou- se para Kyoko.

- Agora, poderias, por favor, dizer- me o que diabos aconteceu? Por que Kyou te beijou? - e Suki quase gritou, olhando a sua amiga com preocupação. A ideia de Kyou beijar alguém era apenas... perturbadora.

Kyoko levantou os ombros.

- Eu não tenho a menor ideia por que ele fez isso. Eu estava a nadar. Ele flutuou para baixo e me assustou muito. Antes que eu soubesse o que ele estava a fazer, ele estava a beijar- me, e então ele saiu sem dizer uma palavra.

Kamui sentiu como se alguém tivesse dado um soco no estômago dele. Ele rapidamente pisou atrás de Kyoko, colocando uma mão firme no seu ombro.

- Kyoko, ele marcou- te? - perguntou com uma voz tensa.

Kyoko franziu a testa. Voltando- se, ela prendeu Kamui com um olhar confuso.

- Toya perguntou a mesma coisa. O que isso significa? Marcar- me? Como?

Os lábios de Kamui diminuíram.

- Para Kyou te beijar do nada assim, significa que ele está a pensar em fazer de ti a sua companheira de vida.

- O quê! - gritou Kyoko colocando as mãos nos quadris. - Tens de estar a brincar.

- Sem brincadeira... com esse beijo, Kyou já começou a colocar a sua reivindicação sobre ti. - Sombras entraram nos olhos de Kamui:

- Agora ele vai perseguir- te, pouco a pouco, até que ele te marque e faça de ti algo dele. - Ele deixou a mão cair do ombro dela. - Eu acho que pensarias nisso como um namoro.

De repente, entendendo mais do que ele queria, Kamui assobiou através dos seus dentes.

- É por isso que Toya está tão chateada, e então Kotaro vem, sopra e beija a tua bochecha. É a mesma coisa. Ele está a querer namorar- te também.

Kyoko não sabia o que dizer. Ela só ficou lá por um minuto. Então, olhando por cima do ombro de Kamui, ela notou Toya e Shinbe atrás deles, ainda perdidos no planeamento do seu próximo movimento enquanto se dirigiam para o leste.

Suki chamou a atenção de Kyoko de volta. "

- Ok, disseste três, Kyoko. Então, Toya beijou- te também, certo?

Ela balançou a cabeça, e em seguida, balançou a cabeça.

- Mas Toya realmente não me queria beijar. Foi uma espécie de... um acidente.

Kyoko olhou por cima do ombro novamente, percebendo que os outros estavam a vir.

- Nós brigamos com um demónio e Toya perdeu as suas adagas e o seu sangue demoníaco tomou conta dele. Ele matou o demónio e eu corri para um dos punhais mas ele apanhou- me assim que eu o alcancei. Pensei que ele ia me matar, mas... ele beijou-me. Então o contato com os punhais selou o feitiço e mudou- o de volta.

Suki olhou por cima do ombro para Toya, e depois de volta para Kyoko.

- Espere, queres dizer que ele mudou de volta enquanto ele estava a beijar- te? - e ela engatilhou uma sobrancelha quando Kyoko acenou com a cabeça.

Kamui sorriu:

- Eu sabia! Ele realmente gosta de ti. É por isso que na outra forma dele ele beijou- te em vez de matá- lo. Ele fez isso porque parecia certo para ele. Kamui afastou- se deles sabendo que Toya estava agora ao alcance da audição.

- Bem, vamos fazer companhia a eles. - decidiu Suki seguir o exemplo de Kamui e deixou isso por enquanto... Shinbe não era tão inteligente.

Shinbe virou- se para Kyoko, ouvindo a última declaração de Kamui.

- Então é por isso que ele está tão irritado! - sorriu imaginando se ele deveria adicionar o seu beijo à linha de namoro de Kyoko antes que se acostumasse.

Toya virou- se contra eles, coçando o pescoço.

- Vocês vão parar de falar porcarias sobre mim, bolas!

O seu pescoço já estava vermelho e Kyoko riu. Ela sabia que quando o pescoço de Toya começava a coçar assim, ele pensou que alguém estava falar sobre ele pelas costas e isso o irritava sem fim. Os dedos de Toya contorceram- se quando ouviu Kyoko rir.

Ele enviou um choque de prazer através do seu corpo e fez ele desejar que ela fizesse isso mais vezes. Ele olhou em volta percebendo que todos tinham finalmente parado de conversar. Satisfeito que ninguém mais falava dele, ele parou.

- Vamos lá, eu não sei o que fazer. Não temos tempo para brincar. Temos que parar Hyakuhei e recolher os talismãs antes dele. - inclinou- se Toya na frente de Kyoko. - Vamos lá, deixá- los encontrar o seu próprio caminho e tu vens comigo. Vai ser mais rápido. Ele esperou Kyoko subir. Pelo menos assim ele não teria que ouvir sobre os seus rivais.

Kyoko sorriu e subiu. Então ela colocou os braços em volta dele e deu- lhe um aperto gentil para que ele soubesse que ela estava pronta. De frente para todos para que ninguém pudesse ver, Toya fechou os olhos enquanto saboreava o abraço que tinha acabado de receber.

Abrindo os olhos de volta, luzes de prata brilhavam dentro das suas íris douradas e ele despachou- se a uma velocidade que rivalizaria com o vento veloz do seu irmão Kotaro.

Capítulo 3 “Beijos Perversos”

A brisa estava a ficar mais fria a cada minuto e Toya desacelerou notando uma aura maligna à distância. O sangue de Kyoko esfriou quando o sentimento não natural a sobrecarregou.

Toya pulou dos galhos altos, chegando a uma parada de derrapagem no topo de uma colina. Ela deslizou para o chão quando os outros rapidamente apareceram atrás deles olhando para a distância. Kyoko observava quando uma nuvem sinistra pairava sobre a área.

- Eu sinto- me um talismã. - Ela balançou a cabeça. - Não apenas um, há mais. - disse ela sem fôlego. - O mal em torno dos fragmentos é sufocante.

Suki andou por trás de Kyoko, ajustando a sua arma no seu ombro para facilitar o seu acesso em caso de batalha. - Eu pergunto- me se é Hyakuhei que estás a sentir? - Ela olhou para Shinbe enquanto ele caminhava ao lado deles, o seu casaco de trincheira e longos cabelos azuis da meia- noite soprando ao vento que agora estava a ficar mais forte.

Os olhos de Toya semicerraram- se e mudaram para prata derretida. Sentindo perigo perto deles, ele olhou para a esquerda e arremessou o braço para baixo. A lâmina metálica de um punhal brilhou para a vida dentro de sua palma.

- Saiam, seus bastardos, eu posso sentir o vosso cheiro! - rosnou Toya, pisando na frente de Kyoko e dos outros para protegê- los. A encosta e o vale abaixo seguravam o fedor pesado do mal.

Uma forma usando um roupão preto materializado do nada, bem na frente deles com uma inclinação perversa nos lábios apareceu.

- Então, respondeste à minha convocação.

Kyoko estremeceu quando os seus olhos escuros encontraram o dela. A memória do sonho que ela teve na noite anterior assomborou- a, dando- lhe arrepios. Ela deu um passo para trás, escondendo- se atrás de Toya e observando em torno dele Hyakuhei.

Ela tinha um mau pressentimento de que a única razão pela qual ele estava lá era ela e os talismãs que ela carregava.

Toya notou que a atenção de Hyakuhei estava centrada em Kyoko e ele sentiu um estalo mental. Ele rosnou, segurando a alça da sua adaga e arremessando- se para a frente para cortar o inimigo. A capa preta tremulava para o chão como esperado. Ele sabia que era apenas um dos fantoches de Hyakuhei.

- Tu nunca terás coragem de realmente me enfrentar! - disse Toya enfurecido.

- Os poderes da sacerdotisa serão meus, então... venha até mim... - A voz fria de Hyakuhei lentamente soprou ao vento.

Kyoko sentiu calafrios rastejar até a sua coluna pelas palavras que Hyakuhei tinha proferido.

- Ir até ele? Ele é louco? - sussurrou sentindo o cobarde dentro da sua cabeça assustada.

Toya veio ficar ao lado dela. Ele sabia que os guardiões estavam encarregados de manter o cristal fora das mãos do mal, mas ele não gostou do fato de que tinha colocado Kyoko em perigo. Hyakuhei matou muitos inocentes para os talismãs. Ele seria amaldiçoado antes de deixar Kyoko se tornar uma das vítimas desta guerra.

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