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Corações Em Fúria
Corações Em Fúria

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Corações Em Fúria

Язык: pt
Год издания: 2021
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- Um humano nunca poderia protegê- la. - Toya rosnou de frustração, então sentiu uma presença e olhou para a estátua da donzela. A forma calma de Kyou se materializou na clareira na frente dele. Caramba! Ele precisava disso tanto quanto ele precisava de um buraco na cabeça.

- A sacerdotisa fugiu de ti e voltou ao mundo dela. - O seu tom sem emoção era mais uma declaração em vez de uma pergunta.

- Não é da tua conta, Kyou, então por que não... vais beijar alguma outra menina e deixas Kyoko sozinha. Embora fossem irmãos, ambos guardiões de Kyoko e o coração do guardião, Toya ainda não confiava nele... especialmente com Kyoko. - Kyoko é minha, entendeste? Basta deixá- la em paz.

- Ela é tua, dizes? - O tom de Kyou estava quase entediado. - Ela é pura e não tem companheiro. Ela não é tua. - O vento começou a soprar através da clareira e Kyou desapareceu com ele, deixando Toya ali com uma sensação de naufrágio enquanto observava uma das penas douradas de Kyou pousar nas estátuas esticadas mãos estonteantes e depois desaparecer.

Toya inclinou- se para trás contra o lado da estátua da donzela e lentamente deslizou para baixo até que ele estava sentado ... Esperando. Minutos se transformaram em horas e Toya piscou para o céu. Quando o sol se põe? Ele sabia que os outros estavam a caminho. Ele podia sentir o cheiro deles entrando na brisa. Ele ficou lá, esperando que eles se mostrassem.

Suki despertou Shinbe na frente na clareira sussurrando:

- Vái falar com ele, Shinbe. Talvez ajude. Vamos descer por um caminho e fazer acampamento, ok? - Ela deu- lhe outro empurrão para a frente.

Shinbe sabia que Toya provavelmente não estava de bom humor. Ele nunca estava quando Kyoko voltava ao seu tempo, mas ele faria qualquer coisa por Kyoko e Suki.

Agora, um deles queria que ele descobrisse o que aconteceu e visse se ele poderia dizer algo que ajudasse. Respirando fundo, ele se aproximou calmamente, secretamente esperando que Toya estivesse dormindo.

- O que queres, Shinbe? - disse Toya, assustando o guardião da ametista.

Shinbe fez o seu caminho para Toya e sentou- se ao lado dele.

- Então, ela ainda está zangada?

Toya lentamente olhou para Shinbe.

- O que te deu essa ideia?

Shinbe apontou com a sua arma para o buraco em forma de Toya no chão.

- Bem, isso é um novo, não é? - Ele não podia deixar de sorrir para a sua própria piada. Toya olhou para ele e o seu irmão parou de rir. Shinbe suspirou.

- Conseguiste falar com ela acerca de tudo?

Toya encolheu os ombros.

- Ela não me deixou dizer nada. Ela estava muito zangada para ouvir. Agora ela voltou e eu tenho um mau pressentimento. Precisamos dela aqui. - Na sua mente, ele silenciosamente acrescentou "Eu preciso dela aqui."

Shinbe acenou com a cabeça.

- Talvez ajudasse se fosses vê- la. Afinal, és o único de nós que pode fazê- lo. E da próxima vez, não tentes explicar as coisas. Basta dizer que sentes muito, ok? - e ele levantou- se e deu alguns passos antes de parar e adicionar. - Se ela lhe der uma oportunidade de explicar, certifique- se de dizer a ela que a ama. Afinal de contas... ela não é um leitor de mentes.

Toya esperou até Shinbe estar bem fora de vista antes de se levantar e suspirar para acalmar os seus nervos. Olhando para o rosto da estátua de donzela, ele secretamente se perguntou se o sósia de Kyoko do passado era tão difícil de lidar quanto o seu descendente. Para descobrir esse segredo, ele teria que perguntar a Hyakuhei e isso estava fora.

Alcançando as mãos da donzela, ele desapareceu na luz azul engolido. Pular através da barreira do tempo sempre lhe deu muitos nervos. Isso lembrava- o de se afogar... mas sem a água.

Os outros guardiões muitas vezes reclamavam sobre ele ser o único que poderia fazê- lo, mas Toya tinha chegado à sua própria conclusão sobre isso... o feitiço Domador. Justo foi justo. Ele era o único em quem Kyoko podia usar o feitiço, então ele era o único que podia persegui- la no seu mundo e arrastá- la de volta.

- O que eu estou fazer? Ela só vai usar esse maldito feitiço se ela me apanhar seguindo- a. - Toya subiu o pequeno lance de escadas e saiu da casa do santuário que se estabeleceu no quintal de Kyoko. Ele nunca foi muito bom em ouvir aquela voz na cabeça, então por que começar agora. A noite foi calma e fria, ajudando a acalmá- lo para o confronto.

Olhando para a casa de Kyoko e não vendo nenhuma das luzes normais acesas, ele decidiu andar pela casa dela até ver a janela do quarto dela. Não foi a primeira vez que ele escolheu essa entrada. Além disso, seria apenas a sorte dele encontrar aquela aberração de um avô que ela tinha.

Subindo rapidamente na árvore fora do quarto de Kyoko, Toya sorriu quando notou que a janela estava quebrada e a sua luz estava acesa. Ele colocou as mãos na janela e calmamente abriu- a o resto do caminho, encolhendo quando deu um leve som rangendo.

Subindo no seu quarto, Toya rastejou até à sua cama. Ela estava meio coberta, com a mão pequena enrolada sob o queixo, deitada de lado com o cabelo vermelho espalhado ao seu redor no travesseiro branco. Ele lentamente sentou- se na beira da cama e inclinou- se sobre ela, vendo- a respirar.

Ele adorava vê- la dormir. Sendo um guardião, ele não dormia tanto quanto um humano, então ele teve muitas oportunidades de apenas sentar e observá- la sem que ela soubesse. Os pensamentos de Toya voltaram para o beijo... ambos os beijos.

Do jeito que ele viu, ele ainda era ele mesmo, mesmo quando o seu lado demoníaco assumiu forma... ambos os lados eram uma parte dele. E embora ela estivesse sob aquele feitiço de amor... Ainda era ela. Além... Foi só um beijo. Os seus olhos dourados brilhavam de prata na memória do beijo apaixonado, fazendo- o vacilar enquanto a fome batia de volta nele.

Ela não entendeu que ele nunca poderia tê- la, não quando se tratava dela querer um beijo dele? O que realmente o entristeceu foi que nenhum beijo tinha sido real. Ele rosnou interiormente tentando afastar esse fato. Para ele, tinha sido real.

Quando os primeiros raios do amanhecer chegaram, Toya subiu de volta pela janela e sentou- se num membro da árvore... À espera. Kyoko acordou esticando e abriu os olhos. Ela imediatamente sentiu que algo não estava certo.

Sentada e olhando ao redor do seu quarto, ela franziu a testa sentindo o ponto quente sob a sua mão. Ela imediatamente notou a marca onde alguém estava lá... ao lado dela. Ela não podia ajudar o pequeno sorriso que agraciava seus lábios. Toya tinha estado lá com ela.

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