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Uma Luz No Coração Da Escuridão
Uma Luz No Coração Da Escuridão

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Uma Luz No Coração Da Escuridão

Язык: pt
Год издания: 2019
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A cabeça de Yohji se voltou para a criança e seus olhos se arregalaram de medo. O jovem estava sorrindo para ele, mas não era um bom sorriso, era mortal. Nos cantos de seus lábios pálidos, o menino tinha longas presas afiadas e seus olhos não eram mais pretos, mas um vermelho escuro.

Aqueles olhos vazios eram um contraste estranho com a pele e os cabelos de alabastro. Ele parecia uma criança, mas era um demônio disfarçado e Yohji estava aterrorizado.

Ele observou com horror quando seus pés deixaram o chão e o menino se atirou nele, arrastando um grito aterrorizado de sua garganta já seca. Ele nunca soube o que o atingiu quando os dentes e as garras rasgavam sua carne, causando dor como nunca tinha imaginado.

*****

Toya olhou para a menina deitada no assento do passageiro ao lado dele.

- Droga, Kyoko, nunca mais me assuste desse jeito! - Ele sabia que ela não conseguia ouvi-lo, mas isso não impediu que ele desabafasse. - Sua bobinha, você poderia morrido ou coisa pior! - Ele se virou para o prédio onde ela morava.

Mesmo que ainda tivesse com uma cara amarrada, ele a carregou como se ela fosse a gema mais preciosa da terra e a levou até as escadas. Encontrando a porta trancada, ele xingou, virando a maçaneta, esperando não causar muito dano ao ouvir o barulho da porta se quebrando e depois a abrindo.

- Bem, ela precisava de uma tranca melhor mesmo, com um assassino à solta. - Toya usou essa desculpa, arquivando-a para quando ela acordasse e gritasse com ele por quebrar sua porta. - Pelo menos ainda está presa pelas dobradiças - resmungou ele ao entrar no apartamento mal iluminado.

Permanecendo imóvel no meio da sala de estar, ele olhou para Kyoko e ergueu uma sobrancelha, enquanto ele inalava o álcool misturado com seu aroma natural.

- Ah, vejo como você é, Kyoko - sussurrou ele. - Não é justo, nem me levou para beber com você. O que você estava pensando?

*****

Kyou lutou para manter sua compostura, o que parecia estar acontecendo muito esta noite. Incapaz de guardar tudo dentro de si, sua mão em punho avançou e atingiu a parede com tanta força que pedaços da alvenaria saíram voando em todas as direções. Ele deu um grunhido irritado e seus olhos coloriram de rosa enquanto ele cheirava o ar.

Ninguém ficaria com o que lhe pertencia sem pagar por esta interferência.

Ele imediatamente identificou o aroma de Kyoko misturado com outro que parecia estranhamente familiar e masculino. Kyou soltou um grunhido, afastando a sensação enquanto levitava do beco e seguia o aroma que se tornara imerso em seu próprio ser.

Sua figura solitária desapareceu nas sombras enquanto caçava por sua presa. Ele a encontraria e a tiraria das mãos do ladrão que a roubara. Os músculos do maxilar de Kyou se tensionaram com raiva. Como ela se atreveu a falar o nome de seu irmão para confundi-lo. Como se ela o conhecesse?

De alguma forma, a mulher-filha tinha lançado um feitiço sobre ele, ele tinha certeza disso. Ele podia sentir na ponta de seus dedos a presença dela e sentiu o desejo de tocar a pele dela mais uma vez. Ele precisava saber como que ela era tão pura e qual era a luz que emanava de seu corpo.

- Foi isso o que Toya estava procurando? Se foi, então esta garota é culpada pela morte de Toya? O que isso significa? - Ele desejava respostas. Essa luz o atraiu como uma mariposa para a luz e agora, ele descobriu, não podia apenas deixá-la ir. Era como se ela o tivesse chamado inconscientemente e ele não tivesse escolha senão responder.

Kyou rosnou baixo enquanto seus olhos brilhavam com sangue. Esta menina era perigosa. Ele não era do tipo que precisa ou quer alguma coisa, não durante séculos. Ele existia apenas para vingar-se. Ele teria que lidar com ela com cuidado. Ele não confiava em si mesmo em torno dela. De alguma forma, ela o capturou e o que o irritava imensamente era que esta menina tinha, de alguma forma, o tornado fraco.

*****

Murmurando algo sobre reuniões de alcoólatras anônimos, Toya levou Kyoko para o quarto dela e gentilmente colocou-a na cama. Voltando rapidamente para a porta da frente, ele a trancou usando o trinco, já que ele quebrou a fechadura normal.

- Ainda bem que ela só tinha trancado a maçaneta - ele encolheu os ombros e olhou em volta para a solidão do apartamento. Era muito diferente do rugido ensurdecedor que estava na boate. Estava quase calmo. Tirando os sapatos, ele suspirou:

- Que noite. - Ele deixou seus ombros relaxar pela primeira vez o dia todo enquanto caminhava silenciosamente para onde sua Kyoko estava deitada.

O luar fluía na janela, lançando um brilho etéreo sobre seu corpo. O rosto de Toya se suavizou ao olhar o rosto dela. Seu corpo magro pousava na cama com as mãos meio relaxadas em cada lado da cabeça. Parecia um anjo, tão em paz e tão inconsciente do perigo que passou. A mão de Toya se apertou ao pensar nisto. Ele teve vontade de sacudi-la e acordá-la para lhe dar alguns bons conselhos, mas ele não faria isso.

Um franzir marcou o rosto de Toya, enquanto pensava em como ela foi parar naquele beco, sozinha, desmaiada, mas ilesa. Sem querer olhar um cavalo dado nos dentes, ele decidiu agradecer aos guardiões que cuidavam dela, quem quer que fossem.

Pelo resto da noite, Kyoko estaria segura com ele. Isso era tudo o que importava.

Um brilho travesso cintilou em seus olhos quando ele tirou os sapatos dela e puxou as cobertas sobre a sua forma adormecida. Ela provavelmente o matará amanhã, mas ... Toya engatinhou na cama e puxou o corpo dela contra o dele.

Normalmente, pensamentos ligeiramente sujos preenchiam sua mente como muitas vezes acontecia quando ele estava em casa sozinho. No entanto, por algum motivo, esses pensamentos pareciam errados no momento. Havia algo sobre ficar aqui com ela, que parecia ... inocente? Ele balançou ligeiramente a cabeça e se aconchegou perto dela.

Segurando-a firmemente, ele agradeceu a qualquer deus que estivesse no céu por ela estar sã e salva, e no lugar a que ela pertencia. Tê-la em seus braços parecia tão certo que ele decidiu saborear o momento. De manhã, isso poderia ser fatal, mas se ele morresse, pelo menos morreria feliz.

Kyoko suspirou em contentamento, aconchegando-se mais perto do calor protetor que cercava seu corpo.

Um sorriso suave enfeitou os lábios de Toya enquanto ele gentilmente beijou a testa dela e acabou caindo no sono também.

*****

O corpo de Kyou levitou até a janela, onde ele sentia o aroma dela ficar mais forte. Os orbes de ouro fundido se abriram com o choque da cena que se desenrolava bem diante de seus olhos. Lá, no quarto onde Kyoko estava deitada, entrou um jovem com olhos dourados e longos cabelos da meia-noite repletos de mexas prateadas que combinavam com os de Kyou.

Ele sentiu como se o ar tivesse sido roubado de seus pulmões enquanto a imagem espelhada de seu irmão assassinado estava ao lado da cama, olhando para a garota adormecida que ele vira para sequestrar.

Sua máscara gelada desapareceu completamente à vista desse menino que se parecia com seu amado irmão.

- Como isso é possível? - Lembrar a primeira palavra que ela falara com ele fez seu peito doer. Ela o chamou de Toya por engano e agora, aqui em seu quarto, estava a imagem de Toya?

Kyou tentou captar um perfume, tentando provar o que seus olhos lhe diziam, mas sua mente não conseguia compreender. O cheiro de seu irmão estava ligeiramente misturado com o cheiro desse menino, mas antes que ele pudesse contemplar mais sobre isso, o menino engatinhou para a cama e passou seus braços possessivamente em torno dela.

Um tiro de ciúme disparou pelo corpo inteiro de Kyou enquanto a garota se aconchegava no abraço do jovem. Um grunhido de advertência vibrou dentro de seu peito quando seus olhos brilharam vermelho brevemente. Irmão ou não, ele não permitiria isso.

Ele tentou alcançar a janela ao mesmo tempo em que uma cascata de brilho a cobriu, fazendo com que ele recolhesse a mão. Ao ver o pó de arco-íris se instalar no peitoril da janela como se fosse para protegê-la, ele rosnou novamente. A menina parecia estar cercada por tudo o que era sobrenatural e o imortal estava com os nervos à flor da pele.

Seus olhos se estreitaram ao se perguntar se era apenas um feitiço de um mago que lhe permitia ver seu irmão. Será que ela tinha lançado o feitiço sobre ele quando ela sussurrou o nome de seu irmão morto?

Sua atenção se afastou da janela para olhar para o chão abaixo dele. O lobo estava chegando. Ele enviou mais um olhar assassino ao quarto antes de levitar rapidamente para o telhado.

Toya tinha acabado de adormecer quando ouviu um grunhido animalesco que parecia estar vindo da janela de Kyoko.

- Isto não está certo. Ela está no segundo andar. - Os olhos de Toya se abriram ao ouvir o som novamente.

Levantando a cabeça levemente para não perturbar Kyoko, ele olhou para a janela de onde o som estava vindo. Todo instinto em seu corpo lhe dizia que alguém ou alguma coisa estava lá, observando-os.

Seu olhar se fechou na sombra do que parecia ser um homem. Parecia que ele estava de pé na janela, mas no segundo andar? Um contorno de prata ondulava em torno de sua forma e o fazia parecer quase fantasmagórico. Toya tinha visto essa aparição antes, em pesadelos.

Olhos dourados de sol estavam concentrados no chão, mas Toya podia vê-los reluzir vermelhos por apenas um momento e ele poderia jurar que ele também viu o brilho das presas. A imagem tremeluzia à medida que flocos metálicos de pó multicolor choveram na janela como se estivessem bloqueando a vista.

Toya sacudiu a cabeça e piscou rapidamente antes de olhar para a janela mais uma vez, apenas para encontrá-la agora vazia.

— Que merda foi essa?

Sentindo-se mais do que um pouco enervado, ele saiu da cama e foi até a janela. Olhando para fora, ele foi saudado com apenas sombras e escuridão. Inalando profundamente, ele franziu a testa percebendo um perfume incomum persistente que ele não reconhecia.

Um grunhido irritado escapou de seus lábios enquanto tentava identificá-lo. Decidindo que talvez fosse apenas a sua imaginação exagerando devido aos eventos daquela noite, ele verificou uma vez mais para ter certeza de que não era nada.

Temporariamente satisfeito de que era mesmo desvanecimento, ele se arrastou de volta para a cama com Kyoko, mantendo um olho aberto por um tempo, só para garantir.

*****

Kotaro ficou embaixo da janela de Kyoko sentindo a presença do vampiro que ele encontrou no beco ao lado da boate. Embora ele não tenha dado uma boa olhada no andarilho noturno, ele tinha certeza de que era Kyou. Ele podia sentir o poder frio e silencioso de Kyou e era algo que ele não queria que estivesse em nenhum lugar perto de Kyoko. Kyou era um enigma e não podia ser confiável.

Com um grunhido, sua velocidade inigualável levou-o ao segundo andar, do lado de fora da porta de Kyoko, em um piscar de olhos.

Olhando, ele se acalmou um pouco quando sentiu o perfume de Kyoko, forte e recente. Ele confirmou "sem sanguessugas dentro de casa", mas um grunhido irritado escapou de seus lábios quando captou o aroma de Toya, tão fresco quanto o de Kyoko. Toya também entrou no apartamento, mas não voltou. Colocando a mão na maçaneta da porta, Kotaro virou-a e descobriu que estava quebrada.

Quebrada, mas aparafusada. - Mas que... rosnou ele com raiva da evidência de que a porta fora forçada.

Kotaro segurou sua mão em sua frente, observando enquanto as garras se estendiam e diminuíam nas pontas. Não existia fechadura que ele não pudesse abrir e a fechadura de Kyoko não era nada adequada. Kotaro sorriu arrogantemente enquanto colocava sua garra na fechadura. Mexendo ligeiramente, ele ouviu um clique satisfatório.

Com o sigilo de uma sombra, ele entrou no apartamento, fechando a porta suavemente.

Ouvindo nada além de silêncio, seguiu o caminho que o aroma de Kyoko tinha deixado para ele. Um momento depois, ele encontrou-se de pé na porta do quarto. Seus olhos azuis e abrasadores, afiados como uma lâmina, concentraram-se na sensação desconfortável que atravessou seu corpo.

Não sabendo o que acharia do outro lado, ele lentamente abriu a porta.

*****

Kamui decidiu ficar invisível enquanto via Kotaro entrar no apartamento de Kyoko. Não era como se estivesse se escondendo de seu amigo, não, não era isso de jeito nenhum. Mas sabendo quem estava na cama de Kyoko no momento, bem ... ele achou melhor ficar invisível em vez de se tornar um alvo se a casa caísse.

Ele tinha feito o que podia para manter Kyoko segura durante toda a noite, mas no que tangia Toya, o guardião de prata estava sozinho nessa. Kamui silenciosamente se contorceu quando Kotaro abriu a porta do quarto.

A visão que cumprimentou Kotaro era quase mais do que ele podia compreender. Deitado na cama estava aquele cão imundo, Toya! Segurando-a como se ela pertencesse a ele e a ninguém mais. Seus braços estavam bem envoltos no corpo inconsciente dela e um sorrisinho satisfeito enfeitava seus lábios.

Um grunhido escapou de Kotaro enquanto avançava sobre o casal perdido em seus próprios sonhos.

- Seu ladrão sem vergonha! - Os pensamentos de Kotaro rugiram em sua mente e seus olhos começaram a sangrar com raiva. Quase perdendo controle, ele agarrou e jogou seu rival para fora do quarto sem acordar Kyoko.

Toya não sabia o que pensar quando foi arrancado da cama pela gola de sua camisa e literalmente jogado para fora do quarto para aterrissar bem na sala de estar. Antes mesmo de ter tempo de recuperar seus sentidos adormecidos, Toya foi mais uma vez apanhado pelo pescoço.

Desta vez, ele sabia quem ele estava enfrentando. Olhos dourados furiosos se fixaram nos azuis gelados enquanto seu corpo era rebocado quase sem esforço no ar.

Ainda invisível, Kamui correu do sofá enquanto observava Toya pairar sobre ele. Ele agora se instalou na bancada da cozinha para assistir a diversão. Olhando para a porta de Kyoko, ele acenou com uma mão naquela direção, colocando um escudo lá para evitar que o ruído a acordasse.

Ele voltou sua atenção para seus dois amigos que estavam prontos para arrancar a cabeça um do outro.

- Assim como nos velhos tempos - Kamui sorriu secretamente desejando que houvesse uma pipoca para o show. - Tudo o que preciso agora é uma tabela de apostas e dinheiro. - silenciosamente arqueou uma sobrancelha, perguntando-se sobre em qual deles apostaria.

Kotaro resmungou, tentando evitar que a sede de sangue entrasse em seus penetrantes olhos azuis de cobalto.

- O que diabos você achou que estava fazendo na cama de Kyoko? - Sua voz tinha uma pitada de morte como se a resposta de Toya decidisse se ele mais tarde seria encontrado vivo ou não. Os modos de Kotaro prometiam retribuição se a resposta provasse ser uma que ele não achasse aceitável.

- Droga, seu imbecil. Me larga! - Toya agarrou os dedos apertados em torno de seu pescoço com uma mão, e com a outra ele atacou com um golpe que deveria ter abalado o crânio de Kotaro.

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