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Ela piscou confusa. — Quem é ele?

— Ele é conhecido por muitos nomes diferentes: Deus, Senhor, Allah, Yahweh… todos são um e o mesmo. Saiba disso: Ele te ama.

— O que eu peço?

— O que você quiser. — Raphael embalou seu rosto em suas mãos.

Ela olhou nos olhos de Raphael e seu rosto se contraiu. Ela caiu de joelhos, envolvendo os braços ao redor de suas pernas. — Faça isso ir embora, por favor. Não quero mais sentir a dor.

Raphael se agachou no chão e pegou as mãos de Megan na sua. — O homem que se auto titula de pai, não vai mais te machucar. Você não é um objeto sexual ou a escrava sexual pessoal que ele fez você ser. Você é filha de Deus e, com fé Nele, encontrará paz.

O coração de Lash doeu quando viu as lágrimas escorrerem por suas bochechas, e a culpa o dominou novamente. Ela não foi a primeira mulher que ele usou. Foi fácil passar de uma garota para outra; era só sexo. Elas estavam felizes ‒ ele estava feliz. Qual era o mal? Contanto que ficasse por uma noite e não as conhecesse, ele seria capaz de manter-se atrás do muro que construiu. No fundo, no entanto, ele sabia que o que estava fazendo era egoísta e errado.

Raphael segurou o braço dela e passou a mão sobre os novos rastros de agulha. Megan gemeu quando uma onda percorreu o comprimento de seu braço, como um verme preso debaixo de sua pele. O movimento parou no pequeno orifício do local da injeção e uma substância branca semelhante a gel vazou.

Os olhos de Megan se arregalaram e ela estremeceu quando o gel branco caiu no chão. Quando acabou, ela olhou para Raphael, seus olhos claros e coerentes. — Obrigada.

— Vá agora e não peques mais.

Megan beijou as mãos dele. Rapidamente, vestiu a calça jeans e pegou a bolsa, jogando o conteúdo e a parafernália de drogas nela. Quando ela foi até a porta, seus olhos encontraram os de Raphael e suas bochechas ficaram vermelhas de vergonha.

Raphael tocou sua bochecha levemente. — Lembre-se, o que uma vez foi, agora não é mais.

Ela abriu um sorriso, olhou para a bolsa, então se virou e jogou na lata de lixo antes de sair com a cabeça erguida.

Lash foi até a lata de lixo e vasculhou a bolsa, pegando um isqueiro e um baseado de maconha. Ele olhou para Raphael, desafiando-o a fazer algo quando acendeu e deu uma tragada.

— Lash, você não pode me dizer que isso... essa coisa está realmente tendo qualquer efeito em você — Raphael reclamou. — Nossos corpos não reagem a substâncias estranhas como corpos humanos.

— Não — disse ele, prendendo a respiração por um momento e, em seguida, expelindo lentamente a fumaça. — Eu não sinto nada.

Raphael fez uma careta. Lash estava prestes a dar outra tragada quando ‒ com um aceno da mão de Raphael ‒ a fumaça se dissipou e o baseado se transformou em cinzas. — Então, por que, por favor, diga, você sequer se incomoda em sujar seu corpo com isso?

— Porque isso enlouquece você. — Ele sorriu.

Os olhos de Raphael ficaram frios. Ele agarrou Lash pelo pescoço e o empurrou contra a parede. Ele se inclinou para perto, seu rosto a menos de um centímetro de Lash. — É exatamente essa atitude que te fez ser banido do céu.

— Para o inferno que foi. — Lash lutou contra ele. — Aquela cadela, Gabrielle, me trouxe até aqui, ela não precisava me denunciar.

— Não, Lahash . Foi você. Foi tudo você. — O rosto de Raphael avermelhou quando ele pressionou Lash na parede, fazendo com que a quebrasse. — Você interferiu em seu papel e desafiou a autoridade dela como arcanjo. Todas as missões são dadas para um propósito e devem ser seguidas em conformidade. A garota não deveria sobreviver ao acidente.

— Gabrielle — o nome cuspido como se fosse algo amargo —, estava esperando por uma oportunidade para me expulsar. Ela me odeia.

— Isso não é verdade.

Ele franziu o cenho. — Ela odeia. Você é muito cego para ver isso.

Raphael fechou os olhos, respirando fundo. Sua raiva não estava ajudando Lash a ver a razão; estava fazendo o oposto.

— Eu sei que vocês dois não estão nos melhores termos.

— Isso é um eufemismo — Lash murmurou.

Raphael o ignorou e continuou. — Ela tem o melhor interesse de todos no coração, incluindo o seu. Tenho certeza disso. — Ele soltou seu aperto e se afastou. — Você foi imprudente, desconsiderando aqueles ao seu redor. Eu não entendo esse tipo de comportamento de você.

Lash suspirou e sentou-se na beira da cama. — Eu não vejo o ponto. Por que nos incomodamos com o que fazemos? As pessoas farão o que quiserem, de qualquer maneira. Como Megan. Ela provavelmente estará drogada novamente dentro de uma hora.

— Esse é o problema com você, Lash. Você perdeu a fé.

— Fé? — Lash pegou um controle remoto da mesa de cabeceira e ligou a televisão, passando os vários canais, pausando um momento entre cada toque do botão. Sua mandíbula apertou enquanto fazia uma careta para cada imagem que cobria a tela: homens cobertos de sangue, corpos caídos em uma estrada de terra, e mulheres envoltas em preto, gritando em angústia; um prédio destruído com fumaça e cinzas girando no ar, e mulheres e crianças saindo dele, cobertas de cinzas; um garotinho de pele escura, não mais do que quatro anos de idade, vestido com uma bermuda enlameada, o estômago inchado de fome e rosto inexpressivo enquanto permanecia sozinho na beira de uma estrada.

Ele parou em um canal que mostrava um grupo de mulheres que se vestiam e vestiam crianças para parecerem prostitutas de alta classe com a intenção de ganhar um concurso de beleza.

Lash jogou o controle remoto, quebrando a tela. — É nisso que você quer que eu tenha fé? Como posso confiar neles?

Raphael olhou para a televisão rachada, seus olhos brilhando. — Lash, você não acha que eu me senti da mesma maneira que você? Eu também tenho lutado para colocar minha fé nas pessoas, especialmente quando parece que ninguém se importa com outros além de si mesmo. — Raphael colocou a mão em seu ombro. — Michael concordou em lhe dar mais uma chance. Ele permitirá seu retorno se você provar sua devoção e fé.

— Por que eu iria querer fazer isso? — Lash perguntou, fingindo desinteresse. O muro que ele havia construído em torno de si, para protegê-lo de se machucar, estava em pleno vigor.

— Você não pode me enganar, eu sei que você quer voltar.

Merda. Ele deveria saber que Raphael iria ver através dele.

— Bem. O que eu preciso fazer?

Alívio brilhou nos olhos de Raphael, e ele estudou seu rosto enquanto tirava um envelope do bolso interno de sua jaqueta. — Esta é a localização e a foto da sua próxima tarefa.

Lash suspirou quando abriu o envelope e retirou o cartão. — Naomi Duran — ele leu. — Duran. Espere, ela está relacionada com Javier Duran?

Raphael abriu e fechou a boca. Lash poderia dizer que havia algo importante que ele queria dizer, mas parecia que algo o detinha.

— Tudo o que posso dizer é que é de vital importância que você a mantenha segura — disse Raphael.

Lash amaldiçoou em voz baixa. Eles não iam facilitar para ele. Ele virou o cartão e olhou para a foto. Uma mulher jovem e bonita, com grandes olhos azuis pálidos, olhava para ele. A sala ficou imóvel enquanto estudava a foto. Ele olhou para cima e encontrou Raphael inclinado em direção a ele com expectativa.

— O que?

— Nada. — Raphael desviou os olhos. Ele caminhou até a única janela na sala e puxou a cortina para trás. — Dê outra olhada. Se você precisa de uma foto de melhor qualidade, posso adquirir uma para você.

Lash olhou para Raphael desconfiado, ele estava agindo de forma estranha. Lash olhou para a foto novamente, havia algo familiar sobre ela que não conseguia identificar. Ele traçou um dedo sobre seus lábios vermelhos cheios. Ele não poderia ter sido atribuído a ela no passado; teria se lembrado de alguém que se parecia com ela. — A foto está boa. Então, tudo o que tenho que fazer é mantê-la segura. De que?

Raphael olhou pela janela suja e depois inclinou a cabeça como se estivesse ouvindo alguma coisa. — Vamos fazer isso rápido — disse e marchou para Lash. Ele colocou a mão contra as têmporas de Lash, e uma visão de Naomi apareceu em sua mente.

— O que... ela está tentando se matar? — Lash gritou.

Rafael retirou a mão e dirigiu-se para a porta.

— Você não pode simplesmente me mostrar isso e correr — disse Lash.

— Eu não deveria ter te mostrado isso. — O rosto de Raphael se enrugou de preocupação quando saiu.

Lash correu para o corredor. — Espere! Michael pelo menos me deixará ter todos os meus poderes de volta?

Raphael continuou a andar, sua imagem desaparecendo a cada passo que dava. — Não. Você deve fazer isso sozinho. — Com essas últimas palavras, ele desapareceu.

5

Jane limpou as mãos suadas na bainha da saia preta e olhou pela janela escura do Mercedes para o pequeno aglomerado de pessoas reunidas em torno do caixão fechado. — Isso está errado, Luke. Eu não deveria estar aqui.

Luke desligou o telefone e deu um tapinha na mão de Jane. — Nós já discutimos isso. Seria pior se você não desse a família suas condolências pela perda — disse ele. — Você está perfeitamente segura, Sal estará bem atrás de você.

— Não é isso que eu quis dizer — disse ela. A última coisa que precisava era intimidar a família com a presença de Sal. — Por minha causa, o pobre homem está morto. Eu sou a última pessoa que eles querem ver.

— Foi considerado um acidente — ressaltou.

— O homem está morto. — Ela fechou os olhos e apertou a mão na testa. Agora não era hora de ter outra enxaqueca. — Eu não estava prestando atenção na estrada e, por causa disso, um homem perdeu a vida.

Luke pegou a mão dela e deu-lhe uma aspirina. — Você não estava distraída. — Ele entregou-lhe uma garrafa de água. — Uma das minhas fontes na investigação me disse que havia álcool no sistema dele.

— Eu tenho certeza que eles teriam encontrado no meu também se tivessem se incomodado em verificar. — Jane colocou o comprimido em sua boca e voltou sua atenção para o funeral. Uma mulher pequena e idosa, provavelmente a mãe do homem, encostou-se a um rapaz e chorou no peito dele.

— Agradeça ao pensamento rápido do Sal. — Luke virou-se para o som de pedras esmagadas quando uma van de notícias parou ao lado do carro. — Boa. Eles estão aqui.

— Você chamou a mídia? — Jane engasgou. — Inacreditável.

— Olha Jane. Não podemos nos arriscar que esse incidente manche sua reputação impecável. — Luke bateu na parte de trás do banco do motorista. — Ela está pronta — disse ele para Sal.

— Eu prefiro fazer isso em particular. — Ela detestava a ideia de ter suas desculpas transmitidas no noticiário da noite.

— Sua corrida para cargos políticos afeta além de você — disse Luke inflexivelmente. — Pense em toda a mão-de-obra e dinheiro que fizeram você ser que é hoje. Você deve isso ao partido.

Por mais que Jane detestasse admitir, ele estava certo; muitas pessoas confiavam nela e no jogo da política, imagem era tudo.

Luke olhou para o relógio. — São apenas alguns minutos. Você tem a angariação de fundos do Hospital Infantil de Houston em uma hora.

O estômago de Jane se agitou. Ela não conseguia pensar em deixar esta pobre família e depois ir direto para um evento de angariação de fundos, onde daria seu discurso sobre a importância de uma comunidade se apoiar mutuamente em momentos de necessidade. Ela se sentia como uma fraude.

A porta se abriu e Sal estendeu a mão, esperando. Ela suspirou quando colocou a mão na dele e saiu. Enquanto caminhavam em direção ao encontro, ela podia sentir olhos olhando para ela com curiosidade. Ela manteve a distância e esperou pelo momento apropriado para se aproximar dos Durans. Ela não pôde deixar de pensar no menino, Javier, que estava sentado atrás dela naquele dia fatídico em que seu voo de Los Angeles caiu, matando todos, exceto eles dois.

Quando ela descobriu que o homem com quem colidiu se chamava Javier Duran, ela fez Luke checar seu passado. As chances de ele ser o mesmo Javier que ela conhecera há muitos anos eram pequenas, mas não conseguia se livrar da sensação incômoda de que era a mesma pessoa. Ela ficou aliviada quando Luke disse que não era, mas triste quando soube que o Javier do avião havia morrido anos atrás de câncer.

— Senadora — Sal tocou seu cotovelo e levou-a para mais perto do encontro.

Jane olhou para a equipe de reportagem e apertou os lábios em uma linha fina. O poder do dinheiro, ela pensou. Certifique-se de obter a garota-propaganda do partido da Federação Americana na foto consolando a família.

Quando a cerimônia chegou ao fim, Jane esperou que os outros saíssem antes de se aproximar. Respirando fundo, ela enxugou as mãos contra a saia uma última vez e caminhou em direção à família em luto.


Levou cada grama de força para Naomi ficar onde estava e não fugir da dor que ameaçava dominá-la. Nos últimos dois dias de preparação para o funeral, ela conseguiu afastar a dor de perder seu pai.

A visão de Welita chorando em seu lenço de renda preta rasgou seu coração, e ela se perguntou que tipo de Deus faria isso com eles. De todas as pessoas do mundo, por que ele? Porque agora? Não era justo, seu pai estava finalmente transformando, reconstruindo sua vida, apenas para perdê-la em um instante.

Ela colocou uma rosa em seu caixão e se perguntou o que faria sem ele. Foi então que viu, pelo canto do olho, uma mulher esbelta saindo de um Mercedes preto. Seus olhos se estreitaram quando reconheceu quem era. Quem diabos ela pensa que é, vindo para cá?

Ela xingou baixinho quando dois homens com câmeras seguiram atrás da senadora.

Chuy cutucou o braço dela. — O que está errado?

— Ali. — Ela inclinou a cabeça na direção dos intrusos. — A atitude daquela mulher. Ela trouxe sua própria equipe de câmera.

— Acabamos aqui, eu direi a Lalo para pegar o carro. Welita não precisa passar por isso. — Chuy correu para Welita, que estava ocupada conversando com o padre.

— Depressa. — Naomi observou a senadora enquanto vinha na direção deles, com os sapatos de salto alto esmagando as pedras que se alinhavam no caminho. Um gigante imenso se arrastava atrás dela. Com seu chapéu de cowboy preto e botas de crocodilo, ele parecia o típico texano, mas o olhar feroz em seus olhos gritava perigo. Ela estremeceu.

— O que há de errado, Mijita? — Welita se aproximou dela. — Chuy diz que você quer ir embora.

— Está ficando quente, e o calor não é bom para o seu problema cardíaco — disse Naomi. — Precisamos levá-la para casa.

Welita parecia desnorteada. — Meu coração está…

— Sra. Duran — Jane chamou.

— Merda — Naomi murmurou baixinho.

Welita se virou e o reconhecimento cruzou seu rosto. — Senadora Sutherland.

Naomi entrou na frente de Welita. — Senadora, não temos nada a dizer a você. — Ela pegou o braço de Welita e virou-a para a direção do carro deles.

— Não, por favor — disse Jane, dando um passo à frente. — Por favor, não se ofenda. Estou aqui para oferecer minhas condolências.

Naomi virou-se. — Você não está aqui por nós. — Ela lançou um olhar para as câmeras de notícias. — Você está aqui para o seu próprio benefício, sua p…

— No seas grocera, Naomi! — Welita repreendeu. — Cuidado com a sua língua.

— Eu sinto muito, Welita. Essa mulher não merece nenhuma gentileza. Ela vem valsando aqui com sua Mercedes chique como se fosse dona do lugar, pensando que pode dizer "me desculpe" e nós vamos acreditar e perdoá-la.

— Essa não é minha intenção. Olhe — Jane respirou fundo —, vamos nos acalmar antes que as coisas saiam do controle.

— Acalmar? Acalmar? — Naomi soltou Welita e deu um passo ameaçador em direção a Jane, com as mãos se fechando em punhos. — Senhora, você não tem ideia do que eu sou capaz de fazer.

— Chuy, pare-a — disse Welita, arregalando os olhos enquanto observava Sal alcançar o interior de seu terno.

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