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Vampiros Gêmeos
Table of Contents
CapÃtulo 1 "Coisas Perigosas"
CapÃtulo 2 "Calor da Cidade"
CapÃtulo 3 "Fome"
CapÃtulo 4 "O Calor da Possessão"
CapÃtulo 5 "Salvador Mortal"
CapÃtulo 6 "Feridas Sedutoras"
CapÃtulo 7 "Chama da Amizade"
CapÃtulo 8 "Sedução no Telhado"
CapÃtulo 9 "Ligações Fortes"
CapÃtulo 10 "Maligno"
CapÃtulo 11 "Indesejado"
CapÃtulo 12 "Abdução"
CapÃtulo 13 "Jogos Perversos"
CapÃtulo 14 "Abandonada"
CapÃtulo 15 "Coberta de dor"
CapÃtulo 16 "Ã Mais Escuro Antes da Alvorada"
CapÃtulo 17 "Quebrado"
CapÃtulo 18 "Os Guardiões"
CapÃtulo 19 "Despertar"
Vampiros Gêmeos
Série O Cristal do Coração Guardião
Amy Blankenship, RK Melton
Traduzido por Arthur Duarte
Copyright © 2010 Amy Blankenship
Edição em Inglês de Amy Blankenship
Edição Portuguesa publicada por TekTime
Todos os direitos reservados.
CapÃtulo 1 "Coisas Perigosas"
Tasuki observou Kyoko se levantar e inclinar sobre a mesa para alcançar o livro de aparência medieval que ele abriu em sua frente. Seus olhos de ametista quase brilhavam enquanto a camisa dela, já baixa, se afrouxou e caiu sobre os ombros antes que ela endireitasse seu corpo. Ele tinha certeza de que sempre lembraria a visão tentadora dos bustos de Kyoko olhando para ele com uma pequena sugestão de renda preta.
Ele piscou e apontou na página a passagem sobre a qual ele estava falando para ela. Ele sorriu suavemente quando seus olhos se encontraram brevemente, mas ele já havia esquecido o que estava dizendo, então ele apenas a deixou ler. Tasuki se contorceu um pouco em sua cadeira tentando fazer desaparecer o seu desconforto, mas só aquela olhada inocente já fizera suas veias correrem com fogo e todo esse calor estava tornando suas calças jeans apertadas.
Seus olhos de ametista escureceram de forma atraente enquanto gravava aquela visão para mais tarde. "Sabe, Kyoko, um dia vamos nos casar... porque nós dois sabemos que eu sou o único cara que louco o suficiente para pensar que este encontro terminaria em sexo." Era para ser uma piada, mas o rouco de sua voz revelara seus verdadeiros sentimentos.
Kyoko lançou seus olhos esmeralda para ele. Ele provavelmente estava certo... embora ela não admitisse, nem negasse. E isso era bem conveniente para ele. Na maioria das vezes, eles estavam lá, juntos, até tarde... eles ficavam matando vampiros ou pelo menos caminhando no escuro, sendo bons alvos para eles.
Foi apenas nos últimos meses que ele começou a pressioná-la com isso... todos sempre os rotularam como namorados, mesmo que ele nunca tivesse pedido sua mão e ela nunca tivesse concordado... só que agora ele queria adicionar hormônios na mistura.
Ela quase saltou da cadeira quando metade das luzes de dentro da biblioteca piscaram. O primeiro pensamento que passou pela mente dela era que algum demônio ardiloso a tivesse pego desatenta. Ela ouviu vozes distantes e percebeu que a biblioteca estava fechando, pois era noite. Eles deveriam ter saÃdo há mais de uma hora, mas as pessoas que trabalhavam lá sempre ficavam até tarde.
"Venha Kyoko, é hora de encontrar a saÃda antes que eles tranquem," sussurrou Tasuki ao pegar sua mão e rapidamente conduzi-la para fora do prédio sem que ninguém percebesse que estavam lá até tarde. Parte dele se perguntou se ficar trancado com Kyoko durante a noite seria algo tão ruim assim.
Uma vez no estacionamento, os passos de Kyoko diminuÃram enquanto ela olhava para o céu, vislumbrando a estranha formação de nuvens ao redor da lua. Ela não era supersticiosa, mas isso a lembrou das cenas noturnas diretamente dos filmes de terror... o tipo de filmes que lhe davam calafrios.
Ela não precisava da magia de Hollywood para sentir a mudança entre o bem e o mal. Seria uma boa ideia Tasuki ir direto para casa. Ele era um grande lutador, mas ela confiava mais em seu próprio instinto, e este estava falando para ela tirá-lo de lá... o problema seria fazê-lo concordar em sair.
Quando chegaram ao carro dele, Kyoko olhou para seus olhos estranhamente iluminados sabendo que ele era o único além de seu avô que realmente conhecia seu segredo. Ela confiava nele o suficiente para deixá-lo acompanhá-la em muitas caças a demônios. Ele conseguia se cuidar e nunca, nem por uma vez, ele havia entregado segredo dela ou a decepcionou. Como hoje, eles haviam pesquisado demônios de todos os tipos nos mais novos livros da enorme biblioteca. Ninguém os incomodou enquanto se escondiam em um canto isolado... e eles se divertiram durante horas.
"Entre. Vou te deixar na sua casa, Kyoko." Tasuki segurou a porta aberta para ela. Eles estavam tão perto que teria sido simples se inclinar e beijá-la, e em sua mente era exatamente o que ele estava fazendo.
Sabendo que o surpreenderia, Kyoko se inclinou e deu-lhe um rápido selinho. "Não, está tudo bem. Meu avô estará aqui a qualquer momento para me pegar e eu não quero que ele nos veja aqui sozinho juntos, então vá... mas me ligue quando chegar em casa para que eu saiba que você conseguiu chegar com segurança." Ela sorriu docemente para ele, esperando que ele não discutisse. Além disso, ele sabia o quanto seu avô podia ser superprotetor.
Tasuki olhou em volta esperando não ver a velha picape do avô dela estacionado em algum lugar nas sombras. Ele suspirou com gratidão ao contar apenas três carros. O velho os pegara juntos no fim de semana passado, voltando de uma caçada à meia-noite no cemitério e ameaçou sua anatomia. Os músculos da mandÃbula de Tasuki se flexionaram sabendo que nunca chegaria a lugar algum com ela se ele não enfrentasse seu avô cão de guarda.
Olhando de volta para ela, ergueu os dedos até os lábios ainda sentindo o calor dela e assentiu com a cabeça. "Certo, Kyoko... mas se não se importa, vou esperar aqui com você." Ele lhe deu um sorriso malicioso: "Não se sabe que tipo de monstros insidiosos estão escondidos na escuridão prontos para atacar." Ele sorriu logo antes de tocar em sua amiga, com um humor tolo... fazendo-a rir e se afastar de seu alcance.
"Tasuki, por favor, eu vou ficar bem." Ela não conseguiu evitar a emoção que surgiu em seus olhos quando ela recuou e ele a seguiu... perseguindo-a com um calor brilhando em seu olhar ametista. Desde que ele começou a deixar seu cabelo crescer, tornou-se selvagem, muito escuro, com destaques azuis, e o brinco de cruz pendurado transformara sua aparência de garoto de cursinho em um lindo cafajeste. Estava ficando mais difÃcil para ela desviar o olhar.
Tasuki sacudiu a cabeça ao se aproximar, "E dar a outra pessoa a chance de atacar você?" Sua voz tornou-se um pouco mais escura, "Acho que não."
"Como se você controlasse quem dá em cima de mim," exclamou Kyoko, sentindo coisas começando a se apertarem em seu abdômen inferior e na parte superior das coxas.
"Na verdade, eu controlo," Tasuki disse com um pouco de orgulho em sua voz. "Eu tenho controle absoluto."
Kyoko riu e balançou a cabeça antes de apontar para a direção da casa de Tasuki. Ela gostara muito deste jogo de gato e rato nesta noite e sabia que tinha que parar com isso antes que ultrapassassem o limite. "Tasuki... casa... agora."
"Eu adoro quando você fica toda dominadora pra cima de mim, mas..." Tasuki disse enquanto seus olhos escureceram atraentemente. "Você deve saber que não vai funcionar assim."
"Caramba!" Kyoko disse pisoteando o pé porque ele estava se aproximando, e ela queria que ele se aproximasse. "Lembra o que aconteceu na última vez que o meu avô nos encontrou juntos tão tarde? Você realmente quer perdê-lo!?" ela exigiu, apontando para a virilha dele. Assim que ela olhou para o que ela estava apontando, ela engoliu em seco... ao ver que o tecido estava sendo pressionado.
Tasuki rosnou, "Não mesmo, mas..." Ele olhou para ela e sorriu. "Eu estou começando a pensar que vale a pena o risco."
Kyoko gemeu quando Tasuki avançou novamente... e desta vez encontrou-se pressionada contra a lateral do carro dele. Seus olhos de esmeralda eram largos, sem medo e os dedos dela apertaram muito ligeiramente os braços dele, cobertos por uma jaqueta. Ela podia sentir a flexão de seus músculos sobre seus dedos enquanto ele se apertava contra ela.
Tasuki observou seus profundos olhos verdes se tornarem tempestuosos de paixão e abaixou a cabeça até seus lábios descansarem contra a pele macia do pescoço dela. Ele sentiu uma emoção percorrer seu corpo e se acomodar em sua virilha... onde havia uma dor realmente gostosa. Incapaz de resistir à tentação, Tasuki mordiscou o pescoço dela. Seu corpo se pressionou contra o dela e ele gemeu quando suas longas pernas se separaram um pouco, concedendo acesso à coxa. Ele rapidamente deslizou uma de suas coxas entre a dela enquanto ele se inclinava contra ela.
"O que está fazendo?" Ela sussurrou, incapaz de detê-lo... não querendo detê-lo.
Tasuki pressionou a coxa contra a pelve dela, levantando a jovem até que seus dedos do pé mal tocassem o chão. Ele gemeu quando ouviu Kyoko choramingar suavemente e beijou uma longa e lenta trilha do pescoço até os lábios.
"Eu te quero," Tasuki sussurrou em um sopro cru contra a suavidade aveludada da boca dela antes de capturá-la em um beijo exigente.
Os olhos de Kyoko se fecharam e ela engoliu o gemido que ameaçava surgir. Esta não foi a primeira vez que Tasuki conseguiu roubar um beijo dela mas ele nunca tinha sido tão apaixonado antes. Ela gemeu quando a lÃngua dele lhe roçou os lábios... depois atravessou lentamente por eles.
Tasuki gemeu, saboreando a doçura dos lábios de Kyoko. Seus braços deslizaram em torno de sua cintura fina, levantando-a um pouco, mantendo-a presa entre ele e o carro. Ele pressionou sua perna mais forte no ápice de suas coxas e se balançou contra ela. Tasuki ficou exaltado quando Kyoko respondeu ao beijo com uma paixão que rivalizava com a sua.
Kyoko sentiu uma das mãos de Tasuki se mover por sua lateral e os ombros, até se enterrar em seus cabelos castanhos. No momento, ela estava contente por seu avô não estar lá para buscá-la porque ela não queria que o beijo terminasse. Não pela primeira vez, Kyoko ficou tentada a deixar Tasuki levá-la para casa... com ele.
Ela mesma quase sugeriu isso quando ele passou a mão pela perna dela e pressionou seu joelho... trazendo para frente para que ele pudesse se pressionar mais forte contra sua pelve.
Como seria acordar ao lado de Tasuki de manhã? Ele sorriria para sua última moda de cabelo matinal? Ele traria o café da manhã na cama para ela antes de devorá-la novamente? Havia tantas perguntas que Kyoko estava muito, muito tentada a conhecer as respostas... mais outro motivo pelo qual ela estava pensando em ir para casa com ele.
Conforme ela lutava para se aproximar ainda mais, a estranha sensação de que eles estavam sendo observados estremeceu sua espinha... fazendo-a se afastar dos lábios dominantes de Tasuki. Ela teve que empurrar contra ele para poder deslizar a perna e ficar de pé por conta própria. A ação não foi sem repercussões, no entanto, pois enviou choques de sensações de cima para baixo no corpo de Kyoko.
Por um momento, eles permaneceram próximos com as testas juntas... tentando recuperar o fôlego. Ela fechou os olhos, perguntando-se se suas coxas latejavam tanto quanto as dela.
A voz dela estava trêmula, e ela teve que tentar duas vezes antes de conseguir dizer as palavras condenatórias. "Vá para casa, Tasuki, eu vou ficar bem." Ela viu a expressão no rosto dele e quase mudou de ideia. No entanto, ela precisava se manter firme... "Prometo!"
Tasuki apertou os dentes para evitar implorar, enquanto tentava controlar suas emoções. Ele sabia que naquela noite eles haviam dado outro passo na direção que ele queria, então em vez de encarar como uma perda, ele sabia que era uma vitória. "Tudo bem, mas da próxima vez serei eu que te levarei para casa." à claro que a ideia dele de levá-la para casa acabaria na cama dele... e não na dela.
Kyoko se afastou sob a luz do poste da rua, ficando em evidência quando Tasuki hesitou, e então começou a caminhar em direção a ela. Ele fez uma pausa, como se estivesse lutando uma guerra silenciosa dentro de si, mas quando Kyoko sorriu e sacudiu a cabeça, ele fechou as mãos, colocou-as de lado e começou a voltar para o carro.
Sentindo um aperto em seu peito, Tasuki olhou preocupado por cima do ombro para ela.
Seu olhar de ametista brilhava na luz fraca, fazendo com que algo se movesse no coração de Kyoko. Ela sabia que ele estava confuso, mas não podia fazer nada sobre isso naquela noite... não sem colocar os dois em perigo. Ela sorriu brilhantemente e acenou para ele, dizendo-lhe que ficaria bem.
Decidido, Tasuki retornou o sorriso. Ele entrou em seu carro e passou por ela, buzinando em despedida ao partir. Ele sentiu os dedos frios do medo agarrando seu coração, e sabia que se ele não desse a volta... não a vigiasse... de alguma forma ela se afastaria.
O sorriso dela lentamente desapareceu enquanto observava seu carro virar a esquina. Permanecendo imóvel, Kyoko flexionou a mão lentamente fazendo um punho e soltando-a. Um pequeno dardo espiritual apareceu e desapareceu dentro de seu alcance. Esta arma era a única coisa que poderia mantê-los seguros.
Ela recusou a oferta de Tasuki de levá-la para casa por um motivo... desde que saÃram da biblioteca, algo a observava das sombras. Ela podia sentir seus olhos nela agora, fazendo-a gelar. Ela rosnou para si mesma por deixar Tasuki distraÃ-la assim. Ela se culpou... e não a ele.
Tasuki estava ajudando-a a lutar contra os demônios quase há tanto tempo quanto ela vinha lutando contra eles. Eles até compraram uma arma para ele há algum tempo e parecia-lhe boa. Ela lhe ensinou muitos movimentos que ajudaram durante os combates, mas ainda assim... se ele se machucasse, seria culpa dela.
Ela tinha mentido para Tasuki dizendo que seu avô viria a qualquer momento para buscá-la. A verdade era que seu avô não viria. Mas se ela não tivesse enviado Tasuki para casa, então o demônio os teria encontrado em uma posição comprometedora e matado os dois... e quanto mais seus sentimentos cresciam por Tasuki, menos ela queria arriscar que ele se machucasse.
Ela sabia que ele iria ficar com ela e lutaria. Mas ultimamente ela vinha tendo pesadelos recorrentes sobre Tasuki sendo mordido por um dos monstros, e isso tirava continuamente seu sono. Kyoko não acreditava ser capaz de viver consigo mesma se Tasuki se tornasse um deles... porque então teria que matá-lo... certo?
Inalando suavemente, ela começou a andar na direção de sua casa... sabendo que levaria pelo menos uma hora para chegar lá. O que quer que estivesse perseguindo ela, ela esperava que não demorasse muito para aparecer.
Depois de caminhar algumas quadras sem ser atacada, Kyoko começou a ficar irritada. Ela até virou o cabelo sobre um ombro para expor seu pescoço como um prato de jantar... esperando que o demônio se apressasse e se movesse, pois estava cansada e queria ir para casa.
Tasuki provavelmente já havia ligado para ver se ela estava bem... ou pelo menos ela esperava que ele houvesse. Ela teve um flashback de estar entre o carro e o corpo dele... fazendo-a gemer de frustração. Ela iria acabar com desse demônio por interrompê-la, se ele chegasse a atacar.
A sua caminhada a levou para outra rua do bairro, e ela ouviu um cachorro rosnar profundo e baixo de algum lugar próximo. Seus lábios se estreitaram, sabendo que cães odiavam vampiros. Eles provavelmente os odiavam porque, se um vampiro não conseguisse encontrar um humano para se alimentar, então o cachorro de repente entraria no menu. Seus dentes se fecharam quando um som agudo seguiu o grunhido... o mesmo som que você ouve quando um cão se machuca para valer.
O som a fez parar... e Kyoko gelou sabendo que o pobre cão estava morto.
Ela franziu a testa enquanto se ajoelhava e colocava os livros no chão fingindo amarrar o sapato. "Venha logo," ela acrescentou, como se a afirmação fosse direcionada para o cadarço que ela estava puxando.
O demônio provavelmente viria por trás dela porque a maioria dos vampiros com quem ela havia lutado era covarde por natureza... e não davam a suas vÃtimas uma chance de lutar. à por isso que ela era um bom alvo com sua pequena estatura e seus 49 quilos... se ela fosse uma garota humana normal, ela não teria chance.
Ela revirou os olhos quando nada aconteceu. De pé, Kyoko deu meia volta tentando encontrar seu alvo... e se encolheu quando o viu. Ela olhou para uma sombra na rua, onde um pequeno menino estava olhando para ela. O cão, sem vida, estava a seus pés. A pele e os cabelos da criança eram brancos como a neve, mas mesmo dessa distância ela podia ver que seus olhos eram negros opacos.
Que incomum... a maioria dos vampiros parecia exatamente com os humanos. Isso era o que os tornava os mais perigosos de todos os demônios que secretamente vagavam pela terra. Este garoto realmente não parecia humano. Ao observá-lo, ela estava presa entre a tristeza de ver alguém tão jovem transformado... e o conhecimento de que não importava mais.
Yuuhi trancou os olhos nela... quase desejando que fosse ele quem iria bebê-la. Ele gostava das bonitas. Ele chamou seus filhos hÃbridos, perguntando-se por quanto tempo ela duraria contra eles. Ele inalou, mas não conseguiu encontrar o cheiro de medo que normalmente aquecia seu sangue frio. No entanto, ele sentiu que seu perfume era uma mistura de pureza e perigo... e ficou intrigado. Yuuhi observou os vampiros sob sua servidão surgirem das sombras atrás dela.
Sentindo uma sensação de advertência varrer a parte de trás da sua cabeça, descendo o pescoço e a espinha, Kyoko se virou sabendo que tinha sido uma armadilha para chamar sua atenção e que com certeza... ela estava cercada. Ela estava esperando um vampiro, não três... ou quatro se contasse o menino.
"Bem, acho que consegui o que eu queria," Kyoko brincou consigo mesma enquanto tentava se concentrar em todos eles ao mesmo tempo.
Um vampiro com aparência de almofadinha fez uma careta, o que realmente arruinou sua boa aparência. "Conseguiu o que você queria, hein? Eu tenho o que você quer, querida." Ele mostrou os dentes para ela enquanto tentava capturar seu olhar e colocá-la sob sua servidão.
Kyoko sabia o que ele estava fazendo... e sentiu a satisfação instantânea de que nenhum vampiro jamais conseguira abalar sua vontade durante uma briga. Ela olhou para ele de cima a baixo. "Duvido disso," ela provocou, perguntando-se se o falastrão faria o primeiro movimento. "Os sexualmente frustrados realmente não fazem meu tipo," ela sorriu quando ele rosnou.
Pelo menos esses vampiros pareciam normais. Bem... tão normais quanto três homens jovens que pareciam pertencer à equipe de debate da faculdade, com presas, pudessem parecer. Não era todos os dias que se via um vampiro ostentando Armani. Caramba, estes três provavelmente chorariam com seus olhos mortos-vivos se eles se sujassem. E, claro, ela não podia se esquecer da criança mortal que os observava como um voyeur doente.
Esse pensamento a fez tremer por dentro. Ela tinha ouvido histórias sobre esse tipo de coisa entre os vampiros. Alguns deles pegariam a vÃtima que escolhessem e começariam a beber ou a estuprá-la enquanto outros observavam. Uma coisa que os filmes acertavam era que os vampiros eram mesmo criaturas muito sexuais e muitos deles não tinham preferência... homem ou mulher não importavam... eles encaravam ambos.
"Eu não desistiria do seu trabalho diurno se eu fosse você," ela riu de seu próprio trocadilho... e deu uma joelhada no meio da virilha dele. Outra coisa sobre os vampiros, eles podem ser mais rápidos e fortes, mas os machos ainda tinham as mesmas fraquezas que suas versões humanas.
Ela se abaixou exatamente quando um deles veio até ela e ficou surpresa com a velocidade que tinha... muito maior que o normal. Ela nunca havia lidado com nada assim antes. Ela apertou o punho sentindo o poder do dardo espiritual se formar na palma da mão.
Desviando de um outro demônio, ela torceu a parte superior do corpo quando um deles veio para cima, golpeando-o com o dardo. Uma mão fria e úmida enrolou-se em torno de seu pulso e puxou, fazendo com que seu corpo se torcesse mais... quase dolorosamente. Kyoko usou o impulso e deixou o resto de seu corpo seguir o movimento, agarrando o vampiro pela manga de sua jaqueta e o arremessando no chão.
Eles rolaram uma vez no chão e pararam com Kyoko sentada no estômago do falastrão. Ela tinha que se mover rapidamente, pois sabia que talvez não tivesse outra chance de fazer isso.
"Aqui tem algo para você," ela informou. Levantando o braço, ela o esfaqueou com o dardo espiritual. O terceiro vampiro bateu contra ela na lateral... fazendo-a rolar e escorregar pelo chão. Desta vez, ela se viu por baixo.
Certo, isso estava começando a irritá-la. Olhando para cima, ela notou que esse cara parecia um estudante nota 10 que havia decidido levar uma arma para a escola. A sugestão sádica de assassinato em seus olhos entregava de bandeja.
"Acho que não amigo." Inclinando o pulso em um ângulo estranho, ela tocou o dardo em sua mão no braço dele, cortando-o com apenas uma pequena ferida. Ela foi recompensada quando a pele do vampiro começou a fumegar... fazendo-o gritar em agonia. Trazendo os joelhos contra o peito, ela usou os pés e as pernas para lançar o demônio. Ele voou por alguns metros de distância, ainda gritando conforme seu braço derretia lentamente do resto do corpo.
Em alguns momentos, ele não seria nada mais do que uma poça borbulhante de poeira em frente à calçada que desapareceria antes do sol anunciar um novo dia. Kyoko nunca pensou muito aonde iam parar; ela estava feliz por não ter que limpar a bagunça.
"Otário," Kyoko jogou o insulto enquanto rapidamente recuperava o equilÃbrio. Ela tinha sido mimada com a luta de um contra um ao longo dos anos... então isto era novo para ela.
Ela arqueou uma sobrancelha enquanto o grito do vampiro desaparecia rapidamente. "Obviamente, não é um descendente direto," pensou consigo mesma. Seu avô os chamava de lixo dos demônios, não vampiros de sangue puro ou demônios... apenas hÃbridos. Mas... eles ainda carregavam o mesmo nome. Quanto melhor o grau do vampiro, mais lentamente eles derretiam... grosseiro, mas verdadeiro.
Ela sabia que os anciãos eram muito mais poderosos do que isso, mas até mesmo o vô Hogo não tinha certeza se os vampiros de sangue puro podiam resistir a seus dardos espirituais. Uma vez, ele havia lhe dito que o dardo espiritual não era nada mais que a luz solar concentrada em uma arma que só poderia ser evocada por uma sacerdotisa ou um guardião.
Kyoko viu um punho chegar em seu rosto e virou a cabeça para o lado sabendo que não tinha tempo para fazer nada para detê-lo. Se ela desse tempo para eles brincarem, então haveria consequências e ela estaria no lado perdedor. Sentindo o impacto das juntas dividirem a pele de sua bochecha, ela de repente cruzou a linha entre chateada e irritada.