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A Última Missão Da Sétima Cavalaria
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A Última Missão Da Sétima Cavalaria

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“Pode ser.”

Uma grande carroça de quatro rodas passou, com um homem e uma mulher sentados em um monte de peles na parte da frente do veículo. Dois bois puxavam a carroça. A mulher sorriu olhando para os soldados, e o homem estendeu sua mão em saudação.

Joaquin respondeu o cumprimento. “Esse é o primeiro cara gordo que eu vejo.”

Karina ergueu os olhos de seu iPad. “É, eu também.”

“O que você está lendo, Karina?” Kady perguntou.

“Meus livros didáticos. Estou fazendo uma graduação em veterinária técnica”

“Você está online?”

“Quem me dera,” Karina disse. “Eu tentei conectar novamente, mas não tem sinal. Tenho todos os meus livros em um microchip.”

Dois cavaleiros vieram ao longo do caminho, da frente da coluna. Quando viram o pelotão, saíram da trilha e desceram dos cavalos

“Ei,” Kawalski disse, “são as garotas dos elefantes.”

Karina abaixou seu iPad e foi cumprimentar as duas mulheres. Alexander, Kawalski, Lojab, e Kady a seguiram.

As mulheres ficaram ao lado de seus cavalos, segurando as rédeas. Elas pareciam hesitantes, inseguras sobre como se aproximar dos estranhos. Suas roupas eram similares às das outras mulheres na trilha, mas o pano tinha uma textura mais fina, e o corte era mais ajustado. As cores cinza e bege, com alguns enfeites vermelhos, pareciam novas e vivas. Suas roupas consistiam em túnicas curtas sobre calças não muito apertadas, e suas sandálias de couro tinham borlas como ornamentos em torno dos tornozelos.

Karina estendeu sua mão para a morena. “Olá, é bom te ver novamente.”

A mulher sorriu e apertou a mão de Karina, em seguida, disse algumas palavras.

Karina balançou a cabeça. “Eu não entendo sua língua.”

A loira disse alguma coisa para Kady.

“Você não sabe falar inglês?” Kady perguntou.

A outra mulher falou novamente, e depois a loira disse alguma coisa.

“Você sabe o que elas estão fazendo, Sargento?” Kawalski perguntou.

“Falando muito e não dizendo nada?”

“Eu acho que estão tentado diferentes línguas com a gente.”

“É, bom,” Lojab disse, “eu acho que elas são idiotas. Por que elas não falam inglês igual a todo mundo?”

“É tudo grego pra mim,” Kady disse.

Alexander olhou para Kady. “Você pode estar certa. Ei, Spiros,” ele falou em seu microfone.

“Sim, Sargento?” o soldado Zorba Spiros respondeu.

“Onde vocês estão?”

“Estou bem aqui, na outra fogueira.”

“Vem aqui, rápido.”

Spiros logo estava parado ao lado de Alexander. “Uau, elas são sexy.”

“Você é grego, não é?” Alexander disse.

“Meus pais são.”

“Tente falar um pouco de grego com elas.”

“Eu não falo muito bem.”

“Você pode tentar, ‘Olá, onde diabos nós estamos?’”

Spiros disse duas palavras, parou, olhou para o chão, depois para as árvores. “Um…” ele falou, e então fez uma pergunta em grego.

As duas mulheres o encararam por um momento, em seguida olharam uma para a outra. A que estava na direita fez uma pergunta para Spiros.

“O quê?” Spiros disse, estendendo suas mãos, com as palmas pra cima.

A outra mulher fez a mesma pergunta.

“O que é, Spiros?” Alexander perguntou. “Elas estão falando grego?”

“Sim, mas…”

“Mas o quê?”

“Não é igual o grego que eu aprendi. É meio que…um dialeto diferente ou algo assim.”

A primeira mulher fez outra pergunta.

“Eu acho que elas perguntaram que língua eu falei, e aí ela perguntou se nós viemos da Ibéria.”

“Pergunte o quão longe estamos de Kandar,” Alexander disse.

Spiros perguntou, e a da esquerda respondeu. “Ela perguntou, ‘Quão longe de onde?’ Elas nunca ouviram falar de Kandar.”

A mulher disse algo a mais.

“Ei…” Spiros encarou a loira.

“O que foi?” Alexander perguntou.

“Eu acho que elas estão falando Linear B.”

“Linear o quê?”

“Linear B,” Spiros disse.

“Espera um pouco,” Karina disse. “Linear B nunca foi uma linguagem falada. Era uma forma antiga do grego escrito.”

“Você quer dizer,” Kawalski disse, “que elas não estão falando grego moderno?”

“Sim,” Spiros disse. “Você se lembra, no ensino médio, de ler Os Contos de Cantuária e certas partes estarem escritas em inglês medieval?”

“Sim,” Alexander disse.

“Se alguém falasse com você nesse inglês antigo, você teria dificuldade em entender, mas algumas palavras são as mesmas que usamos hoje. É isso que eu estou escutando, algumas palavras em grego que eu compreendo, mas muitas são grego antigo.”

A mulher com o cabelo castanho tocou o braço de Spiros e fez uma pergunta.

Spiros pareceu surpreso, e então balançou a cabeça. “Não.”

“O que ela disse?” Alexander perguntou.

“Ela perguntou se nós somos romanos.”

Capítulo Seis

“Busque a Apache,” Kawalski disse. “Ela pode falar 'nativo americano' com elas.”

“Sabe de uma coisa, Kawalski?” Alexander disse.

“Tá legal, já sei. Cale a boca.”

“Ocasionalmente, Kawalski,” Alexander disse, “você tem uma faísca de inteligência.” Ele falou em seu microfone, “Soldado Autumn Eaglemoon, ao centro.”

Autumn correu para onde estavam Alexander e os demais, parados observando as duas mulheres. “Se elas não entendem inglês, Sargento, com toda certeza não vão entender Apache.” Ela estava ouvindo a conversa em seu comunicador.

“Não,” Alexander disse. “Mas na festa de aniversário do Kawalski, quando tocou ‘Born This Way,’ você se levantou e cantou a música em linguagem de sinais.”

“Sim, mas a essa hora eu já estava dois-terços bêbada.” Ela olhou para as duas mulheres. “Eu não posso falar em língua de sinais com essas pessoas.” Olhou de volta para Alexander. “A menos que você tenha uma garrafa de aguardente escondida na sua mochila.”

“Apenas tente, Eaglemoon. Se não funcionar, tentaremos outra coisa.”

“Tudo bem, você é o chefe.” Ela entregou seu rifle para Alexander e largou sua mochila no chão. “Já que você não tem álcool, vou ter que improvisar. Agora, deixe me ver.” Ela fez um movimento com a mão, indicando todos em seu pelotão. “Nós,” Ela juntou suas mãos na forma de um pássaro e as flutuou pelo ar, “voamos alto no céu.” Ela ergueu as mãos acima de sua cabeça e as colocou em forma de paraquedas, depois as desceu. “Nós pulamos de nosso avião e flutuamos até o chão.”

As duas mulheres assistiam atentamente aos movimentos de Autumn. A morena pareceu perplexa, mas a loira foi em direção a Autumn. Ela tocou seu braço, disse algumas palavras, e apontou para um corvo voando no céu. Então repetiu os sinais de Autumn e terminou com um olhar de dúvida, como se estivesse perguntando se estava correto.

“Sim,” Autumn respondeu. “E agora,” ela ergueu seus braços e estendeu as mãos, palmas para cima, enquanto encolhia os ombros e olhava para os lados, como se estivesse procurando por algo, “nós estamos perdidos.”

A loira encarou Autumn por um segundo, então esticou a mão ao redor para incluir todos no pelotão. “Nov evtamos perdidov?” Ela disse e repetiu o sinal de Autumn para estar perdido.

Autumn fez que sim.

A loira balançou a cabeça, chegou até Autumn, e colocou um braço ao redor de seus ombros. Ela falou algumas palavras e foi para trás, mantendo sua mão no braço de Autumn. Apontou todos os soldados de Alexander, e depois todos do seu povo enquanto falava algumas palavras.

Autumn interpretou o que acreditava que a mulher estava dizendo, “Seu pelotão e o meu povo…”

Ela fez um movimento de juntar em direção ao pelotão.

“Não, espera,” Autumn disse. “Ela quis dizer que o seu povo está se reunindo com o nosso povo…”

A mulher falou e apontou para seu olho, e depois para o pelotão.

Ela e Autumn trocaram mais sinais, mas Autumn não estava falando; apenas observando e respondendo com suas mãos.

Depois de um momento, Autumn segurou a mão da mulher. “Autumn,” ela disse, levando a mão da mulher até o seu peito.

“Autumn?” a loira perguntou.

“Sim.”

“Autumn.” Ela colocou sua mão em seu próprio peito. “Tin Tin Ban Sunia.”

“Tin Tin Ban Sunia. É um nome bonito.”

Tin Tin Ban Sunia levou Autumn até a outra mulher. “Liada,” ela disse enquanto juntava as mãos das duas mulheres. “Autumn,” ela disse para Liada.

“Liada,” Autumn disse. “É um prazer conhecê-la.”

As três mulheres andaram em direção aos cavalos, para longe do pelotão.

Liada sorriu. “Autumn.” Ela disse mais algumas palavras.

Autumn tocou a bochecha de Tin Tin. “Isso não é uma tatuagem.”

“O que é?” Kawalski perguntou no comunicador.

“Está cicatrizado, parece muito com uma marca.”

“Ela foi marcada?” Kawalski perguntou. “Como uma vaca?”

“Sim, e pela aparência da cicatriz, foi feita há muito tempo atrás. É tipo uma forquilha, com uma cobra enrolada ao redor do eixo. E também tem uma flecha atravessando o eixo.”

Tin Tin sorriu e virou o rosto de Liada para o lado.

“Liada tem uma igual,” Autumn disse. “As duas foram marcadas quando crianças.”

Tin Tin falou com Liada usando linguagem de sinais para ajudar Autumn. Ela apontou para o pelotão e tocou o ombro de Autumn. Liada apontou para Alexander. As três olharam para ele. Elas estavam a uns trinta metros de distância. Conforme Alexander se contorceu sob o olhar delas e passou o rifle de Autumn para sua outra mão, Kawalski riu.

“Para com isso, Kawalski,” Alexander disse.

“Ok, Sargento.” Kawalski sorriu.

“Ele é Alexander,” Autumn disse para Liada.

“Alder…” Liada disse. “Alexder?”

“É, esse é difícil. Apenas o chame de ‘Sargento.’” Ela sorriu. “Sargento.”

“Sargento?” Liada perguntou.

“Sim, o nome dele é ‘Sargento.’”

Tin Tin e Liada conversaram entre si por um momento, repetindo a palavra “Sargento” diversas vezes.

Liada bateu no capacete de Autumn com as costas dos dedos e levantou os ombros.

“Ah, isso aqui?” Ela destravou o cinto e tirou o capacete, soltando seu longo cabelo. Ela o entregou para Liada. “Capacete.”

“Capacete?” Liada pegou e o olhou por completo.

Tin Tin se aproximou para tocar no cabelo de Autumn. Ela sorriu e disse algo enquanto passava os dedos pelos fios pretos até a altura da cintura.

“Obrigada,” Autumn disse, “mas deve estar uma bagunça.”

Ela pegou uma escova num bolso interno de sua jaqueta, colocou o cabelo sobre seu ombro, e começou a escová-lo. Tin Tin Ban Sunia ficou fascinada com a escova de cabelo. Ela disse algo para Liada.

“Ai, Deus,” Kawalski disse no comunicador. “E lá vamos nós. Primeiro cabelo, depois elas vão falar sobre maquiagem. E depois disso, serão as roupas.”

Liada encarou o capacete, inclinando sua cabeça para o lado e levantando uma sobrancelha.

“Eu acho que a Liada está nos ouvindo,” Karina disse.

Autumn jogou seu cabelo para trás novamente e estendeu sua escova para Tin Tin, que sorriu e tentou escovar seu cabelo, mas ele estava muito emaranhado.

“Aqui,” Autumn disse, “deixe eu te mostrar.” Ela trouxe o cabelo de Tin Tin para a frente e começou a escovar pelas pontas . O cabelo dela era quase tão longo quanto o de Autumn. “Sabe de uma coisa? Algumas mulheres matariam por um cabelo naturalmente enrolado.”

Autumn e Tin Tin continuaram conversando e usando sinais enquanto Autumn escovava o cabelo de Tin Tin, mas o pelotão já não as ouvia mais.

“Eu acho que você perdeu o controle dessa vez, Sargento,” Kawalski disse.

Alexander concordou.

Tin Tin apontou para o pelotão e fez uma pergunta. Autumn ergueu seu braço direito e apontou para o sudeste. Ela fez um movimento de subida e descida com a mão, como algo muito distante depois das colinas. Então entregou a escova para Tin Tin para liberar as mãos e perguntou em sinais, “O que é esse lugar?”

Tin Tin falou, mas o pelotão não conseguiu ouvir o que ela dizia. Autumn tocou a manga da túnica de Tin Tin, sentindo o material. Tin Tin perguntou sobre o zíper na jaqueta de Autumn.

“O que foi que eu disse?” Kawalski falou. “Já estamos nas roupas. O batom não deve estar muito longe.”

“Kawalski,” Karina disse, “você nem sabe o que é importante na vida, não é?”

“Bem, aparentemente é cabelo, roupas, e maquiagem. Parece que a Apache esqueceu sobre ‘Onde estamos?’, ‘Quem são vocês?’, e ‘Qual é a de todos aqueles elefantes?’”

Liada levou o capacete em direção ao seu ouvido, obviamente curiosa. Ela olhou para Autumn, levantando as sobrancelhas.

“Claro, pode colocar.” Autumn fez um movimento em direção à cabeça de Liada.

“Ei, Sargento,” Lojab disse. “Está vendo aquilo?”

“Vai ser interessante,” Alexander respondeu.

“Ela consegue nos ouvir?” Sparks perguntou.

“Claro, se o comunicador da Apache estiver ligado.”

“Oi, docinho,” Lojab disse.

Quando metade do pelotão começou a falar ao mesmo tempo, Liada soltou uma exclamação e arrancou o capacete. Ela olhou dentro, depois em volta do capacete, e por fim o estendeu para Tin Tin, dizendo alguma coisa para ela. Tin Tin olhou dentro do capacete, mas balançou a cabeça.

Autumn se inclinou para perto do microfone. “Se vocês forem falar com as senhoritas, façam um de cada vez. Se não vão deixá-las assustadas.” Ela sinalizou para Tin Tin colocar o capacete enquanto ela colocava seu cabelo para trás.

Tin Tin entregou a escova para Liada, e depois colocou cuidadosamente o capacete, inclinando sua cabeça para o lado e escutando. Ela arregalou os olhos.

“Sargento?”

“Sargento?” Liada perguntou enquanto começava a escovar seu cabelo como ela havia visto Autumn fazer para Tin Tin.

Tin Tin deu um tapa na lateral do capacete, acima do ouvido direito. Ela disse algo para Liada, então as duas olharam para Alexander, que sorriu e deu um tapa na lateral do seu capacete também. Autumn apontou para o pequeno microfone embutido no forro do capacete e fez um movimento de falar com a sua mão.

Tin Tin falou no microfone. “Tin Tin Ban Sunia.”

“Sargento,” Alexander disse.

Tin Tin sorriu. “Liada,” ela falou e apontou para sua amiga.

“Liada,” o sargento disse.

“Autumn,” Tin Tin disse.

“Sim, Autumn Eaglemoon.”

“Sim,” Tin Tin repetiu. “Autumn Eagle Mon.” Ela sorriu para Autumn.

“Ei, Sargento,” Lojab disse. “Eu vi ela primeiro. Deixa eu falar com ela.”

Tin Tin olhou ao redor procurando de onde vinha a nova voz. Alexander apontou para Lojab.

“Lojab,” ele disse em seu microfone.

“Lojab,” Tin Tin disse.

“Oi, Tin Tin.” Lojab acenou.

Ela acenou e sorriu. “Perdi porch mcdonal.”

Lojab riu. “Perdi meu Porsche.”

“Perdi meu porch.”

“Bom,” Lojab disse.

“Bom.”

Liada disse algo para Tin Tin, que removeu o capacete e o entregou para Liada. Liada então devolveu a escova para Tin Tin e colocou o capacete.

“Sargento?”

“Liada,” Alexander disse.

Lojab foi em direção de Tin Tin, retirando seu capacete. Seu cabelo loiro estava raspado. Ele tinha um pouco mais de um metro eoitenta, e um corpo forte e musculoso. Suas mangas estavam dobradas, exibindo uma tatuagem de Jesus em uma Harley no seu bíceps esquerdo. Jesus sorria, com sua auréola sendo levada para trás com o vento.

“Lojab perdi meu porch,” Tin Tin disse e deu risada.

“Você aprende rápido, Tin Tin.”

Lojab estendeu sua mão para ela. Ela olhou para sua mão, se aproximou para segurá-la, mas pareceu mais interessada em outra coisa. Ela passou a mão pela sua cabeça.

“Isso é um cabelo raspado,” Lojab disse.

“Raspado.” Ela tocou sua barba, que ele não fazia há dois dias. “Raspado?”

“Sim.” Lojab apontou em direção as árvores. “Você dar uma caminhada comigo?”

“Lojab,” Autumn disse, “seu tosco. Você a conheceu dois minutos atrás, e já está tentando levar ela para a moita.”

“O que é que tem, Apache? Se ela está querendo…”

“Ela não tem ideia do que você quer fazer com ela.”

“Então por que ela está sorrindo?”

“Eu não sei, Lojab,” Autumn disse. “Talvez ela esteja tentando fazer amizade com um idiota?”

“Por mais que eu odeie acabar com essa festinha,” Alexander disse enquanto caminhava até eles, “alguém sabe onde nós estamos?” Ele tirou seu capacete.

“Sargento,” Tin Tin disse. “Capacete?”

“Claro,” Alexander disse. “Divirta-se.”

“Liada?” Tin Tin falou no microfone depois de ter colocado o capacete.

“Tin Tin,” Liada respondeu. Elas se afastaram, ainda conversando e aparentemente testando o alcance do sistema de comunicação.

“Nós estamos em um lugar chamado Gália—” Autumn começou.

“Gália?” Karina disse conforme se aproximava, retirando seu capacete. “É isso que elas disseram, ‘Gália?’”

“Sim,” Autumn respondeu.

“Sargento,” Karina disse. “Gália é um nome antigo para França.”

“Sério?” Alexander disse. “Qual o nome daquele rio?”

“Eu não consegui descobrir como perguntar isso,” Autumn disse, “mas eu acho que eles estão planejando cruzá-lo. E mais uma coisa…”

“O quê?” Alexander exclamou.

“Elas não têm nenhuma concepção de anos, datas, sequer de horas.”

Alexander observava Tin Tin e Liada se comportando como duas crianças com um brinquedo novo. “Estranho,” ele sussurrou. “E aparentemente, elas também nunca ouviram falar de comunicação sem fio.”

Capítulo Sete

“Eu queria que essa merda tivesse rodas,” Kawalski disse.

“Para de reclamar, Kawalski,” Autumn disse, “e segure a sua ponta.”

“Ah, eu estou segurando a minha ponta, e provavelmente vou ter que segurar a sua também.”

O restante do pelotão vinha atrás dos quatros soldados que carregavam a caixa de armas.

“Para onde estamos indo, Sargento?” Lojab perguntou. Ele estava na frente do lado esquerdo, na frente de Kawalski.

Alexander estevava atrás, no lado esquerdo, com Autumn a sua frente. “Vamos seguir até o rio.”

“Eu não fui recrutado para ser escravo de ninguém,” Lojab murmurou sob ofegos, mas todo mundo ouviu.

“Estamos todos fazendo a mesma porcaria,” Autumn disse.

“Sim, e se todos nós reclamássemos, nosso destemido líder faria algo a respeito.”

“Tipo o que, Lojab?” O sargento perguntou.

“Tipo tirar a gente daqui.”

“Você tem alguma ideia de como fazer isso?”

“Você que é o sargento, não eu,” Lojab disse. “Mas eu vou te dizer, se eu estivesse no comando, não estaríamos seguindo um bando de homens das cavernas, pisando em merda de elefante e carregando essa caixa grande pra caramba.”

“Você está certo, eu sou o sargento, e até que você fique no meu lugar, eu darei as ordens.”

“Sim, senhor. Sargento, senhor.”

“Por que você não simplesmente cala a boca, Lojab?” Autumn disse.

“Ei,” Kawalski disse, “olha só quem está vindo.”

Liada estava a cavalo pelo lado da trilha, vindo da frente da coluna. Ela montava um cavalo vigoroso de pelo caramelo. Quando ela viu o pelotão, atravessou e guiou seu cavalo na direção deles. Ela estava sem nada nas costas, seu arco e sua aljava estavam penduradas por uma tira de couro no ombro do cavalo. Assim que ficou lado a lado com a tropa, ela desceu do cavalo, deixando as rédeas ao redor do pescoço dele. Ela caminhou até Alexander, equanto seu cavalo a seguia.

“Sargento?” ela disse, “boanoite.”

“Oi, Liada,” Alexander disse. “Como vai você nesta manhã?”

“Como vai nesta manhã?”

“Bom,” o sargento disse.

“Bem.” Ela caminhou até Autumn. “Autumn Eaglemoon nesta manhã?”

“Bem,” Autumn disse.

“Bom.”

Ela deu um tapa na lateral da caixa, e perguntou com sinais para onde eles estavam indo. Com sua mão livre, Autumn fez um movimento de água e apontou para frente.

“Rio.”

“Rio,” Liada disse. Ela fez um movimento de levantar com as duas mãos.

“Sim, está pesado.” Autumn enxugou o suor de sua testa.

“Pesado.” Liada usou as das mãos para sinalizar a eles que soltassem a caixa.

“Ei, pessoal. Ela quer que a gente coloque no chão.”

“Meu voto é sim,” Kawalski disse enquanto eles saiam do caminho e colocavam a caixa no chão.

Liada pegou um dos puxadores e tentou levantar. “Pesado.” Ela enxugou o suor da testa e fez alguns sinais para Autumn.

“Ela quer que a gente espere aqui,” Autumn disse. “Só não sei para que.” Ela falou com Liada. “Ok.”

“Ok,” Liada disse, em seguida pulou de volta em seu cavalo e saiu galopando, em direção à frente da coluna.

“Que montadora que ela é,” Lojab disse.

“E você viu o jeito que ela subiu naquele cavalo?” Kawalski disse. “Dois passos rápidos, e ela jogou a perna sobre as costas dele como se fosse um pônei.”

“Sim,” Lojab sussurrou enquanto a observava sair fora de vista em uma curva da trilha. “O que eu não faria com uma mulher dessas.”

“Meu Deus,” Autumn disse. “Vocês podem parar de ficar babando? Parece que nunca viram uma garota andar a cavalo antes.”

Os homens encaravam o lugar em que Liada estava a alguns segundos atrás.

“Ah, eu já vi garotas andando a cavalo antes,” Lojab disse. "Mas precisavam de um cara para ajudá-las a montar, e isso com a ajuda de um estribo. E conforme o cavalo corria, elas iam pra cima e pra baixo igual a bolas de basquete só que com rabo de cavalo.”

“A Liada simplesmente desliza,” Kawalski disse, “e ela cavalga como se fosse parte do cavalo.”

“Autumn,” Kady disse, “você acha que esses caras já tiveram algum encontro com uma mulher de verdade?”

“Claro, com uma mulher inflável de verdade,” Autumn disse.

“Sim, 8,95 no eBay,” Kady disse.

“É só encher de ar, e ela já está pronta,” Autumn disse. “Sem pagar bebidas, ou jantar; apenas pular na cama.”

“Ah é?” Lojab disse. “E o jeito que vocês garotas ficam doidas por causa daquele oficial alto, feio feito um porco, o de Chapeuzinho Vermelho?”

“Uuuh, Rocrainium,” as quatro mulheres disseram ao mesmo tempo, e começaram a dar risada.

“Rocrainium?” Kawalski disse. “Como sabem o nome dele?”

“Ah, nós temos meios para descobrir.” Autumn fez alguns sinais de onda com as mãos, e as outras fizeram o mesmo, seguindo com mais risadas.

“Ei,” Lojab disse, “ela está vindo.”

Liada vinha m direção a eles na lateral da trilha, passando por um rebanho de gado. Ela era seguida por uma carroça puxada por bois. Rapidamente, eles pararam em frente do caixote de armas e Liada desceu do cavalo.

Alexander foi olhar a carroça; estava vazia. Ele olhou para a mulher que estava lá. Ela permaneceu com os braços cruzados, olhando fixamente para ele. Então ele viu a bandagem em seu braço e se lembrou do corte profundo que eles trataram.

“A ferida de espada,” sussurrou.

Kawalski foi até o lado da carroça. “Olá.”

A mulher olhou para Kawalski, e seu rosto se iluminou. Ela se ajoelhou na carroça e esticou seu braço para ele ver. Ela disse alguma coisa, mas ele não entendeu.

“Sim, parece que está tudo bem.” Ele correu os dedos pela bandagem.

Ela falou novamente.

“Ei, Apache,” Kawalski disse, “vem aqui me dizer o que ela está falando.”

Autumn e Liada foram para ficar ao lado de Kawalski. A mulher disse algo para Liada, que sinalizou para ela, e então para Kawalski. Liada tocou dois dedos em seus lábios, em seguida em seu peito, e apontou para ele.

“Ela quer te agradecer por cuidar do braço dela,” Autumn disse.

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