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As Probabilidades Do Amor
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As Probabilidades Do Amor

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CAPÍTULO DOIS

Katherine saiu do Tattersalls e foi direto para o Salão da Fortuna. Precisava estar entre as pessoas que a apoiavam e não achavam que sabiam o que era melhor para ela. Não desgostava, publicamente, do marquês de Holton antes do leilão. Agora, no entanto… quase rosnou de raiva por causa da destreza dele. A última coisa de que precisava era um homem arrogante se intrometendo e tentando controlá-la. Lorde Holton podia ser um dos cavalheiros mais belos da ton, mas nunca esqueceria o que ele lhe fizera. Nunca mais poderia olhá-lo da mesma forma.

Houve uma vez em que pensara que ele talvez fosse um homem com quem valeria a pena se casar. Até mesmo tinha ido, ávida, ao teatro com a amiga Diana para que pudesse conhecê-lo. Na ocasião, ele tinha sido educado, mas distante. Tinha quase beirado à grosseria, mas tinha entendido aquela postura, já que eles não se conheciam, e ele, provavelmente, não tinha querido encorajá-la. Alguns cavalheiros casadouros não querem dar a ideia errada a uma dama. Lorde Holton não devia ter o desejo de se casar em breve. Ele teria que se render ao matrimônio, em algum momento, mas muitos cavalheiros adiavam o inevitável tanto quanto eram capazes.

A loja de Madame Debroux ficava na frente de onde o Salão da Fortuna estava localizado, e ela não queria perturbar a ela ou aos clientes. Quando chegou à loja, olhou ao redor antes de ir para os fundos e entrar no Fortuna. A essa hora do dia, não havia muita atividade na casa de apostas exclusiva para mulheres administrada por lady Narissa, a duquesa de Blackmore. Lady Lulia, a duquesa de Clare, normalmente podia ser encontrada nas salas dos fundos, dando aulas de esgrima. Havia uma boa chance de lady Diana, a condessa de Northesk, estar lá também. Elas eram amigas queridas e ela precisava muito estar com pelo menos uma delas. Até mesmo a duquesa de Blackmore serviria, mesmo Katherine não sendo tão próxima dela quanto era das outras.

Praticamente correu pelas escadas até chegar à porta que levava ao clube. Empurrou a porta e entrou. Havia mais pessoas do que tinha esperado. A porta do escritório de Narissa estava aberta. Espiou lá dentro e notou a duquesa ocupada em sua mesa. Algum tipo de livro-razão estava aberto, e o foco dela estava nele. O cabelo escuro estava preso em um coque elegante e ela mordiscava o lábio inferior. Um homem surpreendentemente belo estava de pé ao lado dela, o duque de Blackmore, o marido de Narissa, tinha vindo ao clube com ela. Não que ele nunca viesse ao Fortuna, mas era raro. Ela devia estar precisando do conselho dele sobre alguma coisa…

Deixou-os repassando os livros e foi até a sala dos fundos. Lulia estava mesmo lá, mas não estava dando aulas a uma nova aluna. Diana esgrimia com ela, embora provavelmente não devesse. Se o marido dela soubesse, ele a teria trancafiado. Diana esperava o primeiro filho deles. Ela devia estar com uns três meses de gravidez. Katherine entrou na sala e olhou fixamente para as duas, mas ambas a ignoraram. Elas continuaram a esquivar-se para lá e para cá até que Diana avançou e investiu a ponta rombuda do florete no ombro de Lulia.

– Ganhei – declarou com a voz triunfante.

– Ganhou – concordou Lulia. O sotaque mostrava suas raízes ciganas. – Embora eu duvide de que tivesse ganhado caso eu não estivesse pegando leve com você. – Ela riu baixinho.

Ambas se viraram para Katherine e lhe deram sorrisos igualmente felizes. Diana tirou o equipamento de esgrima e os colocou de lado. Ela foi até Katherine e lhe deu um abraço de boas-vindas.

– A que devemos a honra de sua presença? Pensei que você estivesse em seu novo haras.

Katherine suspirou.

– Vim à cidade para ir ao leilão do Tattersalls ’s. – Ela franziu o cenho revivendo a memória daquela experiência horrorosa. – Eu não deveria ter tentado dar lances em um cavalo por conta própria.

– Ah, querida – disse Diana, compreensiva. – O que aconteceu?

Lulia, que também tinha tirado o equipamento, pegou o de Diana e guardou tudo em um armário de cedro onde costumava mantê-los, então veio se juntar a elas. Katherine esperou até que ela chegasse e então voltou a falar.

– Lorde Holton é um puritano arrogante.

Lulia riu.

– Conheci o homem e não poderia concordar mais. Ele sufoca a pobre Lenora. Tentei fazer amizade com ela, e até mesmo a convidei para me visitar em Tenby, quando não estamos aqui na cidade. Ela ainda precisa aceitar o convite. Fin e eu voltaremos em breve para a propriedade familiar. – Ela fez sinal para Diana. – Essa é a única razão pela qual eu cedi à necessidade dela por esgrimir. Quando eu voltar, ela estará grande como uma casa e incapaz de se mover apropriadamente.

Diana olhou feio para a prima. O pai de Lulia era irmão do pai de Diana. Elas só souberam que eram aparentadas há pouco tempo, mas tinham sido amigas por muito tempo antes disso.

– Não há necessidade de ser grosseira.

– Só falei a verdade – retrucou ela, o sotaque forte enquanto dizia as palavras. – Tenho certeza de que você recuperará a boa forma pouco tempo depois do nascimento do bebê.

Diana franziu o nariz em desgosto pela declaração de Lulia e então afagou a barriga e o rosto se iluminou em um sorriso suave.

– De qualquer forma, não me arrependo. Darei as boas-vindas a essa criança e tudo o mais que ela me trouxer.

Katherine invejava as amigas. Ambas encontraram o amor e teriam uma família em breve. Ela se sentiria uma estranha no ninho quando estivesse com elas, mas não desejaria nada diferente para as duas. Ela se virou para Lulia.

– Haverá adições à sua família agora que você se casou com o duque?

O horror se espalhou pelo rosto de Lulia.

– Você acha que eu seria uma boa mãe?

Katherine riu do ultraje de Lulia.

– Seria. De todas nós, você seria a melhor mãe. Você agiu assim conosco. Sempre nos guiando na direção que deveríamos ir sem que percebêssemos na época. Você é mais maternal que qualquer mulher que eu já conheci. – Lulia tinha ajudado a guiar Diana em direção ao conde, e não duvidava de que ela faria o mesmo por Katherine se ela encontrasse o homem com quem deveria ficar.

– Pode ter sido assim – concordou Lulia. – Mas todas vocês são crescidas e precisam de cuidados mínimos. Uma criança… – Ela estremeceu. – Elas requerem muito mais do que eu acredito que seja capaz de prover. – Lulia deixou escapar um suspiro. – Embora, suponho, que em algum momento deverei considerar dar a Fin um herdeiro. Ele é um duque, afinal de contas, e o título deverá ser passado para alguém…

– Aí está – disse Diana com um sorriso malicioso. – E seria bom para o meu pequeno ter alguns primos com os quais crescer.

– Não dê ideias a Fin – disse Lulia. – Ele irá usá-las contra mim no futuro. – Ela deixou escapar uma risada. – Embora não fosse custar muito para que ele me convencesse. Não há muita coisa que eu não faria por aquele homem. No entanto, ele ainda não insistiu e eu o amo ainda mais por isso. Se acontecer, aconteceu. Eu posso dizer que não quero um filho, mas todas as crianças são uma bênção. Seria um presente ter um bebê que é uma mistura de mim e do meu amor.

O coração de Katherine doeu ao ouvi-las. Tinha vindo ao Fortuna reclamar da perda do cavalo. Agora estava vendo o quão triviais eram os seus problemas. Queria muito mais que aquilo para si. O haras era lindo, mas ela desejava… bem, o que Diana e Lulia tinham.

– Qualquer criança que vier de uma de vocês terá sorte por tê-las como mãe.

Lulia sorriu.

– Perdemos o rumo da conversa. O que aconteceu no Tattersalls e o que fez lorde Holton?

– Fui até lá para comprar um garanhão – começou Katherine. – Ele será um bom cavalo de corrida e eu esperava cruzá-lo com duas de minhas éguas, e produzir mais cavalos de corrida…

– Que ideia fantástica – exclamou Diana. – Narissa até mesmo poderia montar para você.

– Tinha a esperança de falar sobre isso com ela no futuro – confessou Katherine.

Lulia estreitou os olhos.

– Lorde Holton cobriu o seu lance, não foi? – Ela suspirou. – Ele tem mais dinheiro do que formas para gastá-lo. Ele queria mesmo o garanhão ou só o comprou para aborrecê-la?

Katherine suspirou.

– Ele disse que queria o cavalo para si, mas tenho lá as minhas dúvidas. Ele me repreendeu o tempo todo por ter me atrevido a ir ao leilão, para início de conversa. Eu precisava daquele cavalo…

– Não sabia que lorde Holton estava interessado em cavalos de corrida – disse Diana. Talvez possamos fazer uma visita a Lenora. Ela deve ter mais informações.

Katherine não se importava, nem com uma coisa, nem com outra. Lorde Holton acreditava que a estava salvando de si mesma. Mesmo se ele não quisesse o cavalo para si, nunca o venderia para ela.

– Não sei que bem isso faria. Odiaria causar qualquer tensão a lady Lenora… – Ela mal conhecia a prima de lorde Holton, lady Lenora St. Martin. Só falou com ela umas poucas vezes.

– Não acredito que Lenora tenha qualquer influência sobre lorde Holton – disse Lulia. – Mas acho que podemos, ou ao menos você pode, aproveitar-se da visita por outras razões. Não pressionar Lenora para conseguir informações, mas ir em um horário em que lorde Holton esteja em casa. Você poderá encurralá-lo e fazer com que ele a ouça.

– Não entendi – disse Katherine.

– Você pretende usar o cavalo como um garanhão, certo? – perguntou Lulia.

– Sim – respondeu Katherine.

– Então peça que ele lhe empreste o cavalo, por uma taxa, é claro. Você cruza suas éguas com o dele e o cavalheiro pode mantê-lo como cavalo de corrida. Todo mundo sai ganhando. Você pode começar o seu rebanho pagando pelo garanhão e não precisará pagar pela manutenção dele.

Katherine não tinha pensado naquilo. Algo lhe disse que teria trabalho para convencer lorde Holton da sensatez de seu plano. Ele não parecia o tipo de homem que quereria trabalhar com uma mulher que possuía um haras. Ela teria que ser mais furtiva. Lorde Holton talvez respondesse melhor se lidasse com outro homem. Teria que discutir com o encarregado dos estábulos quando voltasse ao haras.

– Sei que você prefere uma abordagem direta – disse ela a Lulia. – Mas lorde Holton não acha que uma mulher deva fazer qualquer coisa que se desvie das normas que a sociedade impõe a elas. Eu posso vir a precisar da sua ajuda mais tarde, para confabular algo ainda mais furtivo.

Lorde Holton se lamentaria pelo dia que decidiu entrar no caminho de Katherine. Ela lhe mostraria que uma mulher era capaz de qualquer coisa. Se possível, iria se esforçar para mudar a ideia que ele tinha das mulheres no geral. Uma mulher podia fazer qualquer coisa, ou quase qualquer coisa, a que se propusesse.

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